Família conta que, ao agredir Marcela Luíse, fisiculturista quebrou o celular dela quando ela foi pedir ajuda à mãe. Homem foi indiciado e se tornou réu por feminicídio e a defesa lamentou a morte dela.
O fisiculturista Igor Porto Galvão, que é réu por matar a companheira Marcela Luíse espancada, em Aparecida de Goiânia, já tinha histórico de agressão contra ela, segundo a Polícia Civil. Em depoimento durante a investigação, a família de Marcela detalhou que, em uma dessas ocasiões, o homem deu um soco nela após a filha do casal, de 2 anos, tocar nos remédios dele.
“A filha 2 anos estava mexendo em uns remédios dele e ele deu um soco em Marcela por deixar a criança mexer nos remédios. Igor [também] quebrou o celular dela quando ela foi ligar para a mãe para pedir ajuda”, narrou a polícia sobre o depoimento de uma familiar de Marcela.
O caso aconteceu em 2020, enquanto o casal ainda morava em Brasília, no Distrito Federal. Na ocasião, a família de Marcela disse a ter encontrado com o olho roxo e a levado para a delegacia para prestar queixa. Marcela morreu no dia 20 de maio depois de ser levada com sinais de espancamento ao hospital pelo fisiculturista no dia 10. Ele foi indiciado por feminicídio e se tornou réu.
“Eles moravam em Brasília. Ali teve um inquérito de lesão corporal, inclusive, nós acreditamos, com os mesmos modus operandi, murros, chutes e socos. [Ela teve] medida protetiva deferida, contudo eles reataram e a medida foi arquivada”, completou.
Ao g1, os advogados dele lamentaram a morte de Marcela, mas sobre a acusação em relação ao fisiculturista, a defesa afirmou que acredita na instrução criminal e que será demonstrado que os fatos não ocorreram como narrados pela acusação. Além disso, disse que vai entrar com pedido para que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares diferente do cárcere.