Morreu no fim da noite deste domingo (16) o policial do Bope Rafael Wolfgramm Dias, baleado na operação da última terça-feira (11) na Maré. É o 2º agente de segurança morto em decorrência dos confrontos no complexo de favelas naquele dia— o sargento do Bope Jorge Henrique Galdino Cruz havia morrido horas após ter sido alvejado. Os 2 estavam juntos no ataque.
Tanto Jota — como Galdino Cruz era conhecido — quanto Wolfgramm haviam sido levados para o Hospital Federal de Bonsucesso. Em solidariedade a Wolfgramm, amigos lotaram um ônibus e foram doar sangue para salvá-lo na quarta-feira (12). Mas o estado dele piorou, segundo o Ministério da Saúde, e ele morreu às 23h50.
Em 2024, segundo a Polícia Militar, 15 PMs foram mortos “em situações violentas”.
Relembre a operação
Com a morte de Wolfgramm, subiu para 6 o número de óbitos na operação — de acordo com a Polícia Militar, 4 eram criminosos.
O objetivo da operação da última terça-feira era combater o roubo de veículos nas vias expressas do Rio. A PM identificou 20 dos 23 presos e 1 menor apreendido, e pelo menos 11 deles são de fora do Rio de Janeiro.
A Delegacia de Homicídios informou ter identificado 2 dos envolvidos no tiroteio. Segundo a polícia, Ronald de Souza Gomes, vulgo Titi ou Titio do Adeus, e Luciano Cândido Crispim, conhecido como Pitbull, estavam no local e participaram do ataque.
Os dois são seguranças dos chefes da facção Thiago da Silva Folly, o TH, e Michel de Souza Malveira, o Búfalo Bill. O suspeito conhecido como Digdum era guarda-costas de TH e foi encontrado morto após o tiroteio. Outro morto é Francisco Jorge da Conceição de Freitas, o Divo, que trabalha para Zequinha, gerente do tráfico da Maré.
O corpo do sargento Jota foi enterrado no Jardim da Saudade de Sulacap, na Zona Oeste do Rio, na quarta-feira (12). Amigos, familiares e colegas de profissão se despediram do policial em uma cerimônia lotada.