Polícia

Corpo que pode ser de filho de empresário não foi carbonizado e nem estava decapitado, esclarece IML

Cadáver ainda deverá passar por exame de DNA na Polícia Científica para ter identidade confirmada oficialmente

A chefia especial do Instituto Médico Legal de Arapiraca afirmou, nesta terça-feira, 18, que o corpo encontrado em São Sebastião, no última final de semana, ainda não foi identificado oficialmente. Devido a questões técnicas, a identificação do cadáver – do sexo masculino – será realizada através do exame de genética forense.

Reprodução

Emerson Ramon

Ainda no domingo (16), familiares de Emerson Ramon da Silva Gomes, de 23 anos, fizeram o seu reconhecimento no local onde populares o encontraram. O jovem estava desaparecido desde o dia 9 de Junho, mesmo dia em que seu veículo foi encontrado carbonizado em um canavial na cidade de Teotônio Vilela.

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Estado do cadáver

O IML esclareceu ainda informações divulgadas em relação ao estado do corpo. Segundo a perita criminal do Instituto de Criminalística de Arapiraca, Jana Kelly,  o cadáver não tinha indícios de carbonização. Ela explicou que a coloração escura da pele do cadáver é devido ao estado avançado de decomposição.

Ela também negou que o corpo tivesse sido decapitado, como foi divulgado nas redes sociais, mas confirmou a ausência dos ossos da mão direita, situação que, na avaliação dos peritos que examinaram o corpo, pode ter sido causada pela ação de animais, considerando o local onde foi encontrado.

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Corpo encontrado em canavial em São Sebastião

Causa da morte

O exame cadavérico realizado pelo perito médico legista José Cláudio Gusmão no corpo ainda apontou que ele foi vítima de traumatismo crânio encefálico por instrumento perfuro-contundente ocasionado por disparo de arma de fogo.

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Tentativas de identificação

Seguindo o protocolo de identificação humana adotado pelos IMLs de Alagoas, a primeira tentativa de identificação se deu por meio do exame de necropapiloscopia. Mas, devido ao estado avançado de putrefação do corpo, não foi possível coletar as impressões papilares do cadáver, inviabilizando o exame.

Ascom Polc/AL

Trabalho da Polícia Científica no local onde o corpo foi encontrado

Diante da possibilidade de que  o corpo seja de um jovem de Arapiraca que está desaparecido, a perita odontolegista Claudia Ferreira esteve ontem no IML do Agreste para realizar o exame odontolegal que compara a arcada dentária com prontuários odontológicos da pessoa. No entanto, a família não conseguiu apresentar a documentação odontológica necessária para esse tipo de identificação.

A perita, então, coletou amostras de material genético do pai do jovem desaparecido. Esses materiais, juntamente com amostras biológicas do cadáver, serão entregues hoje no Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística de Maceió para realização do exame de DNA.

A chefia do IML de Arapiraca ainda explicou que, apesar da necessidade do cumprimento do protocolo para identificação oficial, a família também foi orientada a solicitar a liberação por ordem judicial.