Polícia

Mulher é presa acusada de extorquir e ameaçar padre com vídeo criminoso

Delegado Edberg Oliveira – Delegacia Regional de Arapiraca

Uma mulher foi presa preventivamente, na última semana, sob a acusação de extorsão contra um padre, na cidade de Arapiraca, na região Agreste de Alagoas. O nome da suspeita não foi divulgado devido à lei do Abuso de Autoridade.

De acordo com o delegado regional, Edberg Oliveira, a acusada teria extorquido cerca de R$ 78.500 do religioso para não divulgar um suposto vídeo comprometedor.

De acordo com as denúncias, em 2022, a mulher abordou o padre e o ameaçou com a divulgação de imagens em que ele apareceria em uma relação sexual com um adolescente de 13 anos. O padre alega que não teria cometido pedofilia, mas que cedeu à chantagem, pagando mensalmente entre R$ 5.000 e R$ 10.000 à mulher para evitar a divulgação do vídeo.

Recentemente, o padre decidiu, por meio de um advogado, tomar medidas legais contra a extorsão. O caso foi então denunciado à polícia e ao Ministério Público. Com base nas informações apresentadas, a Justiça emitiu um mandado de busca e apreensão, além do mandado de prisão preventiva contra a acusada, que foi cumprido na tarde da última quinta-feira (27).

Durante a operação na residência da acusada, a equipe liderada pelo delegado Edberg Oliveira apreendeu uma CPU de computador, pendrives e um iPhone 15, supostamente adquirido com o dinheiro da extorsão. A mulher foi detida e informada sobre o mandado de prisão preventiva na Central de Polícia. Conforme o delegado, a acusada já possuía antecedentes criminais por extorsão e outros crimes patrimoniais.

Em depoimento, a mulher alegou que o montante total extorquido do padre seria significativamente maior, chegando a aproximadamente R$ 200.000. Ela também afirmou que não possui mais o vídeo utilizado na chantagem, pois teria sido perdido durante a transferência de dados entre celulares.

O delegado Edberg Oliveira informou que a acusada permanece presa enquanto o inquérito policial continua em andamento.

Arapiraca foi cenário de um dos maiores escândalos da igreja católica, envolvendo padres católicos, crianças e adolescentes. A polícia não informou a identidade do religioso que estava sendo extorquido.