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Bandeira tarifária nas contas de luz será verde em agosto

Agência Brasil

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A bandeira tarifária nas contas de luz será verde em agosto, ou seja, sem a cobrança de valor adicional. Segundo Sandoval Feitosa, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no fim de junho, houve uma expectativa de menor volume de chuvas para julho, o que levou ao acionamento da bandeira amarela, mas o volume de chuvas na Região Sul neste mês contribuiu para a definição da bandeira verde em agosto.

A bandeira voltou a ser verde, portanto, devido às condições favoráveis para a geração de energia elétrica no país. Com o nível mais elevado dos reservatórios das usinas hidrelétricas, não é necessário o acionamento das termelétricas, que geram eletricidade mais cara.

Com o sistema de bandeiras, a orientação é para utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e afetam a sustentabilidade do setor elétrico como um todo. Quando as condições desfavoráveis de geração, as bandeiras amarela e vermelha são acionadas, elevando o valor das contas, levando os consumidores a economizar, A economia de energia é essencial para a preservação dos recursos naturais.

De acordo com o órgão regulador, a bandeira é válida para todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional (SIN) — malha de linhas de transmissão que leva energia elétrica das usinas aos consumidores.

Como funciona

Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos a cada 100 quilowatts-hora (kW/h) consumidos.

Em março, a Aneel aprovou uma redução nos valores das bandeiras. Segundo a agência reguladora, a medida foi aprovada devido ao cenário hidrológico favorável, à grande oferta de energia renovável no país e “aos alívios verificados no preço dos combustíveis fósseis no mercado internacional”.

A decisão determinou a redução para a bandeira amarela de quase 37%, saindo de R$ 2,989/kWh para R$ 1,885/kWh. Já para a bandeira vermelha, patamar 1, reduziu de R$ 6,50/kWh para R$ 4,463/kWh (queda de 31,3%) e, o patamar 2, de R$ 9,795/kWh para R$ 7,877/kWh (redução de quase 20%).