Justiça

Três acusados de matar suas companheiras serão julgados neste mês em Alagoas

Reprodução/Redes Sociais

Maria Aparecida da Silva Bezerra foi assassinada pelo marido com 14 golpes de faca.

Três homens, acusados de matar suas companheiras, sentarão no banco dos réus neste mês de agosto, em Lagoas. O primeiro, marcado para o dia 6 de agosto, terá como réu Alison José Bezerra da Silva. O segundo será o julgamento de José Joabil da Silva, no dia 9; e, o último, no dia 22 de agosto, do réu Claudio Gomes Santos. RELEMBRE O CASO.

Maria Aparecida foi assassinada com 14 facadas, a maioria delas no pescoço, no dia 21 de julho de 2022, no bairro Antares, dentro do condomínio onde morava. Após cometer o crime, o suspeito, que trabalhava como caminhoneiro, ainda tentou se matar. O marido da vítima foi denunciado pelo Ministério Público de Alagoas por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e crime praticado pela condição de sexo feminino.

De acordo com o promotor de Justiça Antônio Vilas Boas, Maria Aparecida e Alison tinham um relacionamento conturbado e marcado pelo ciúme extremo do réu, que chegava a monitorar a sua esposa por meio de câmeras de vigilância instaladas na residência do casal.

Caso Rafaela Emidio

O segundo caso trata-se de um crime que vitimou Rafaela Emidio de Souza, morta no Vergel do Lago, também na capital alagoana, no dia 16 de maio de 2022. O réu era companheiro da vítima e está sendo denunciado pelo MPAL por homicídio qualificado por uso de meio cruel e pelo crime ter sido praticado contra mulher em razão do seu sexo feminino. RELEMBRE O CASO.

De acordo com o laudo cadavérico, a vítima morreu por asfixia por esganadura, o que contraria a versão dada pelo acusado quando ele levou a ex-companheira a uma Unidade de Pronto Atendimento para ser atendida. Aos profissionais da saúde, ele informou que Rafaela teria ingerido bebida alcoólica de modo exagerado e, por isso, teria sofrido um mal súbito.

A investigação aponta que, na madrugada do dia 16 de maio, os vizinhos ouviram gritos de socorro vindos da casa de Rafaela, que vivia um relacionamento conturbado com José Joabil. Há notícia, inclusive, de que o acusado agredia a vítima fisicamente.

Caso Alberta Barbosa

Por fim, o último caso trata-se do assassinato de Alberta Barbosa da Silva, crime que ocorreu próximo à capelinha do Jaraguá, no dia 21 de outubro de 2022. O Ministério Público denunciou o seu ex-companheiro, Claudio Gomes, também conhecido como “Picolé”, por homicídio qualificado por motivo torpe, uso de meio cruel e pelo crime ter sido praticado contra mulher por razões da condição de sexo feminino.

O promotor de Justiça Vilas Boas relembra que, no dia do crime, por volta de 19h30, os dois consumiam bebida alcoólica à beira da praia, quando se desentenderam por conta de um dinheiro que eles tinham recebido em decorrência da venda de peixes, tendo em vista que os dois eram donos de uma banquinha que funcionava no Jaraguá.

Em um primeiro momento, eles chegaram a se agredir fisicamente, mas pescadores que estavam no local conseguiram separar o casal. Pouco tempo depois, houve uma nova agressão, quando o réu atingiu a vítima na cabeça com um pedaço de madeira. Uma testemunha chegou a intervir para que o homem não agredisse mais a companheira, mas ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local.