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Professor de jiu-jítsu preso por estuprar aluna é liberado pela Justiça para competir e é alvo de protestos em luta

Um professor de jiu-jítsu que foi condenado pelo estupro de uma aluna de 13 anos recebeu autorização de uma juíza do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) para disputar o campeonato estadual do esporte, no Recife. Durante a competição, houve protesto da plateia presente no ginásio.

Emanuel Adelino da Silva estava preso em regime fechado desde 19 de junho de 2023, no Presídio de Igarassu, no Grande Recife, após ser condenado a 15 anos e 9 meses de prisão por estuprar uma aluna dentro de um carro numa praça, em 2021. Na época, ao menos duas vítimas relatam abusos.

A competição é promovida pela Federação de Jiu-Jítsu do Estado de Pernambuco (FJJPE) e aconteceu no Ginásio da Secretaria de Educação de Pernambuco, no bairro da Várzea, na Zona Oeste da cidade. Eram dois dias de combate, no sábado (27) e no domingo (28).

Sob protestos, o faixa preta participou da primeira fase e foi vaiado pela torcida, que gritava “tarado”. Na arquibancada, um grupo também levou uma faixa que dizia “Diga não à violência contra a mulher. Deixe nossas crianças em paz”. Ele perdeu a primeira disputa.

A decisão de liberá-lo para a competição foi assinada pela juíza Orleide Roselia Silva, na sexta-feira (26). No documento, ao qual o g1 teve acesso, Orleide acata o pedido da defesa de Emanuel e ressalta que o esporte está entre as atividades que buscam a ressocialização de presos.

Essa foi a segunda etapa da competição. Na primeira, em março, Emanuel participou e venceu as lutas, seguindo para a fase seguinte, quando ocorreram os protestos.

Emanuel Adelino da Silva foi condenado em 2023 pelo estupro de uma aluna adolescente — Foto: Reprodução/WhatsApp