Mulher contou que, após fazer denúncia, homem saiu de casa com filho de quatro anos. Polícia Civil informou que caso é investigado.
A filha de um ex-deputado denunciou que foi agredida, estuprada e teve o filho levado pelo marido, em Goiânia. Ao g1, a mulher de 36 anos contou que está casada com o homem há seis anos e, ao longo do relacionamento, sofreu diversas violências. Após denunciá-lo à polícia, segundo contou a mulher, o homem saiu de casa com o filho deles de quatro anos, o que a desespera.
A Polícia Civil informou que o homem é investigado por ameaça, injúria, estupro, lesão corporal e violência psicológica.
A advogada que representa o suspeito em relação à denúncia de ter levado o filho sem o consentimento da mãe disse que, por respeito a todas as partes envolvidas, irá se manifestar apenas por meio de processo judicial – leia a nota na íntegra ao final do texto.
O g1 entrou em contato com o advogado responsável pela defesa do homem na denúncia de agressão, no entanto, não houve retorno até a última atualização da reportagem.
A mulher teve uma medida protetiva concedida pelo Judiciário que estipula que o homem mantenha a uma distância de 200 metros dela e dos familiares. Ao longo do relacionamento, ela relata que foi agredida fisicamente diversas vezes e obrigada a manter relações sexuais com o homem. A vítima já havia registrado ocorrências contra o marido em 2020 e 2021 por lesão corporal e ameaça.
“Eu não conseguia sair do relacionamento. Já teve vezes que chamei a polícia, registrei ocorrência, mas eu sempre fui coagida a não terminar”, afirmou.
O último episódio aconteceu na madrugada de domingo (28), quando a mulher contou que o marido ingeriu bebidas alcoólicas e tentou obrigá-la a manter relações sexuais, dizendo que “daria a última oportunidade” e, se ela recusasse, “as coisas ficariam ruins”. “Ele me ameaçou e eu fiquei com muito medo”, disse.
Histórico de violência
Segundo a mulher, o marido começou a mostrar comportamento abusivo logo no início do relacionamento, há seis anos. Na época, segundo ela, ele foi levado pela família a clínicas de reabilitação e fazia tratamento psiquiátrico.
Ao longo do relacionamento, conforme relatou, as violências se intensificaram e ele passou a agredi-la fisicamente e a humilhá-la, dizendo que ela “era horrível”. A mulher disse que fez denúncias e passou a reunir provas.
Em uma conversa com o marido, ela diz que chegou a implorar para que ele não batesse nela e o homem pediu “desculpas” e disse que ela era o que ele tinha “de mais importante” – leia abaixo.
A mulher também relatou que o marido tirava fotos de suas partes íntimas enquanto ela dormia e acessava seu celular para realizar transferências bancárias por meio de aplicativos. “Desde que me casei, sofro violências psicológicas, físicas, de todas as maneiras”, desabafou.
Nota da defesa do suspeito sobre a criança ter sido levada:
Por respeito a todas as partes envolvidas iremos nos manifestar apenas por processo judicial, principalmente por envolver os interesses de uma criança, a família lamenta a proporção e os possíveis danos ao filho do casal.
Agradecemos a oportunidade de dar voz ao outro lado da história, mas a nossa prioridade é proteger os interesses do filho do casal e para isso estamos juntado todas as provas necessárias.