Investigação aponta que professor fazia chantagens emocionais com a vítima como ameaças de suicídio, além de criar um filho imaginário entre os dois. Denúncias contra o professor eram reincidentes.
Um professor foi preso suspeito de estuprar uma aluna de 13 anos após a mãe dela encontrar mensagens trocadas entre os dois no celular da adolescente, em Alto Horizonte, no norte do estado. Segundo a delegada Caroline Gonçalves, responsável pelo caso, o professor, que lecionava em um colégio de Uruaçu, fazia chantagens emocionais com a vítima como ameaças de suicídio, além de criar um filho imaginário entre os dois.
“Ele enviava constantemente e-mails para ela, com declarações de amor, pedidos de noivado, falsa vitimização, inclusive com chantagens suicidas”, disse a delegada.
O homem foi preso na última quinta-feira (1°). O g1 não conseguiu contato com a defesa do suspeito até a última atualização desta reportagem.
A investigação apontou que as mensagens entre vítima e professor eram trocadas desde o mês de dezembro de 2023. O professor enviava flores para a aluna no colégio, o que chamou a atenção da direção, que devolveu as flores para a floricultura, momento em que descobriram quem era o remetente, segundo a Polícia Civil.
A delegada informou que a adolescente apresentava um quadro depressivo, que era agravado a partir das ameaças do professor, que causava perturbação em suas atividades diárias. A vítima chegou a pedir que o suspeito parasse de enviar as mensagens, mas o pedido era ignorado, de acordo com a investigação.
Caroline Gonçalves informou ainda que, no momento em que a mãe da menor prestava a denúncia na delegacia, o professor seguia na insistência das mensagens. Durante o decorrer da investigação, a polícia constatou que o professor era denunciado pelo pai de uma outra aluna da mesma escola, após encontrar mensagens do mesmo teor que a adolescente de 13 anos recebia.
O professor foi demitido da unidade em que lecionava, segundo a investigação. Preso preventivamente por estupro de vulnerável, o suspeito se encontra à disposição do Poder Judiciário. Em nota, a Secretaria de Educação do Estado (Seduc), informou que o professor não faz mais parte da rede pública de ensino desde dezembro de 2023.