Danilo Santos Romano tinha 35 anos, morava na capital paulista e estava na Voepass Linhas Aéreas desde 2022. Ele foi a primeira vítima a ser identificada pelo IML.
O corpo do piloto Danilo Santos Romano, comandante do avião turboélice que caiu em Vinhedo, está sendo velado na Basílica de Nossa Senhora da Penha, na Zona Leste de São Paulo, nesta segunda-feira (12). A cerimônia é restrita a parentes e amigos.
Danilo foi uma das 62 vítimas fatais do acidente ocorrido na sexta (9) e o primeiro a ser identificado pelo Instituto Médico Legal (IML). O sepultamento dele deve ocorrer às 14h, num cemitério também na região da Penha.
Palmeirense, excelente aviador, uma pessoa capaz de resolver problemas inesperados e que estava sempre sorrindo, Danilo Santos Romano tinha 35 anos e era apaixonado pela profissão. Ele tinha mais de 10 anos de experiência na área e pilotava vários tipos de aeronaves, chegando a trabalhar também em rotas internacionais.
“Como comandante do ATR72, sou responsável pela segurança dos passageiros, carga e tripulação, bem como pela manutenção da navegabilidade da aeronave, para proporcionar um voo seguro, eficiente e econômico. Sou apaixonado por aviação e comprometido em entregar o melhor serviço aos nossos clientes e parceiros”, escreveu o piloto em seu LinkedIn.
Formou-se em aviação civil na Universidade Anhembi Morumbi, na capital paulista, em 2010. Mais recentemente, em junho deste ano, concluiu uma pós-graduação em Gestão de Segurança de Voo na Unyleya. Além da VoePass, passou por uma companhia aérea do Cazaquistão, a Air Astana, e também pela Avianca.
Em seu perfil no LinkedIn, seus colegas de profissão o descrevem como alguém que se destacava pela “capacidade de resolver problemas inesperados e estar sempre disposto a ajudar seus colegas”, “excelente aviador, excelente ser humano, muito profissional e cumpridor de suas obrigações”. Estava “sempre sorrindo” e “disposto a ajudar”.
Na sexta, a aeronave que Danilo comandava apresentou problemas. A decolagem foi tranquila, às 11h46, em Cascavel, no Paraná, mas, menos de duas horas depois, o ART-72 começou a perder altitude, chegou a fazer uma curva brusca e, às 13h22, sofreu uma queda de aproximadamente 4 mil metros a uma velocidade de 440 km/h. Nenhuma das 62 pessoas que estavam a bordo sobreviveu.