Justiça expediu um mandado de prisão temporária contra Letícia Clara Bento da Silva pelo caso. Uma cúmplice ainda não foi identificada
Letícia Clara Bento da Silva, de 23 anos, se entregou à 14ª DP (Leblon), na Zona Sul do Rio, nesta segunda-feira. Ela teve a prisão temporária decretada pela Justiça sob suspeita de envolvimento na morte do jamaicano D’Wayne Antônio Morris, de 43 anos, ocorrida no último dia 8. O turista, de nacionalidade norte-americana, foi encontrado morto em um apartamento de Copacabana onde estava hospedado. A investigação da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), com o apoio da Delegacia de Atendimento ao Turista, revelou que o turista foi vítima do golpe “Boa noite Cinderela”, além de ter pertences roubados.
Letícia Clara Bento da Silva, suspeita de envolvimento na morte do turista jamaicano D’wayne Antonio Morris, em Copacabana, Zona Sul do Rio
Um mandado de prisão por latrocínio (roubo seguido de morte) foi emitido pela 40ª Vara Criminal da Capital contra Letícia Clara. Durante as investigações, a polícia identificou que ela estava acompanhada de uma cúmplice ainda não identificada. Após se apresentar na 14ª DP, a mulher foi transferida para a DHC, a especializada responsável pelo caso, e será encaminhada ao sistema prisional.
Nesta segunda-feira, o Disque Denúncia divulgou um cartaz em que pedia informações que ajudassem a chegar até Letícia Clara.
Segundo a investigação, a suspeita teria aplicado o golpe “Boa noite Cinderela”. Depois de ser drogada, a vítima teria convulsionado e espumado pela boca. A polícia chegou a ser acionada, mas D’wayne já estava morto. O homem tinha chegado no Brasil no dia anterior.
Pouco antes da morte acontecer, entre a noite do dia 7 e a madrugada do dia 8, a vítima e um amigo conheceram Letícia Clara e outra mulher, ainda não identificada, na Lapa, no Centro do Rio. Os quatro estiveram em um quiosque no Leme, na Zona Sul, e, depois, seguiram para o apartamento em que os homens estavam hospedados em Copacabana. Os dois turistas teriam ingerido bebida alcoólica misturada com uma substância ainda não identificada, e caído no golpe. Ao chegar no imóvel, apenas D’Wayne teria entrado no apartamento, na Rua Bulhões de Carvalho, acompanhado das duas mulheres, enquanto o amigo, que não estava se sentido bem, foi para outro local.
Por volta das 15h, o corpo do turista jamaicano foi encontrado em cima da cama de um quarto do imóvel. Seus pertences foram levados pelas mulheres. Letícia Clara, segundo a polícia, já possui anotações criminais pela prática de ações semelhantes.