Irmãs de Deolane Bezerra se defendem por continuarem divulgando jogos de apostas
Mesmo após Deolane Bezerra ser presa em Pernambuco em uma operação da Polícia Civil contra uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais, as irmãs da advogada e influenciadora continuam divulgando “publis” e anúncios do “Jogo do Tigrinho”. Dayanne e Daniele, Bezerra se defenderam após críticas neste sábado, , afirmando que possuem contratos e contas a pagar.
“Pessoal… Eu tenho contratos e preciso cumprir com todos, se eu não cumprir tenho que devolver os valores e ainda tem multa contratual, tenho contas a pagar e uma equipe que depende de mim! Entao preciso trabalhar!”, escreveu Dayanne em seu perfil no Instagram.
Daniele também se pronunciou e disse que estava voltando ao seu trabalho e divulgando os joguinhos porque não pode quebrar contratos: “Estou voltando ao meu trabalho normal, minhas divulgações e aos meus contratos, que eu não posso quebrar e ser responsabilizada”.
Na última sexta-feira, Dayanne também compartilhou a gravação de uma partida de Fortune Rabbit, outro jogo da família do “Tigrinho”, nos stories da rede social. Ela também divulgou uma plataforma de jogos no estilo caça-níquel e prometeu “presentes” aos seguidores.
Deolane Bezerra foi presa no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul de Recife, na manhã desta quarta-feira, 4. A prisão dela aconteceu em meio a uma operação da Polícia Civil de Pernambuco contra uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
A mãe de Deolane, Solange Bezerra, também foi alvo da operação e passou mal após ser presa. As duas foram levadas para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, na Zona Oeste de Pernambuco.
As investigações da operação “Integration” foram iniciadas em abril de 2023. Além da prisão da empresária, também foram expedidos outros 18 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão no Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiania.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, também foi decretado o sequestro de bens como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações. Além de bloqueios de ativos financeiros no valor de mais de R$ 2,1 bilhões, entrega de passaporte, suspensão do porte de arma de fogo e cancelamento do registro de arma de fogo.
Em depoimento prestado na última quinta-feira, dia 5, após se entregar à polícia, o dono da Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, foi questionado sobre a venda de uma Lamborghini avaliada em R$ 4 milhões para a advogada Deolane Bezerra. Isso porque a Polícia Civil tem analisado se essa transação e outras movimentações financeiras relacionadas a compra e venda de itens de luxo estão relacionadas à prática de lavagem de dinheiro. Advogada da influenciadora, Adélia Soares se diz tranquila com as investigações.
“Nosso escritório acompanha todos os contratos que a Deolane faz, tudo que ela compra, doa, as rifas, que são dentro da legalidade. Tudo para poder declarar no imposto de renda. Acho que hoje, no Brasil, a Deolane é uma das pessoas que mais recolhem impostos. Então, estou muito tranquila”, disse a advogada e ex-BBB no Instagram na última quinta-feira, dia 5.
Além disso, a Polícia Civil do Rio de Janeiro ainda não concluiu a investigação para apurar a relação de Deolane com bandidos da Vila do João, no Complexo da Maré. O inquérito foi aberto em fevereiro de 2024 e segundo a corporação, segue em andamento.
Na ocasião, Deolane esteve com amigos e a irmã Dayanne num evento chamado de Baile da Disney e publicou nos stories do Instagram uma foto em que usava um colar do homem apontado como chefe do tráfico no Complexo da Maré, Thiago da Silva Folly, conhecido como TH da Maré. O inquérito da DRE foi aberto para apurar quem a convidou e se ela recebeu dinheiro para fazer presença VIP na festa.
Depois da repercussão, ela disse em suas redes: “Fui ao Complexo da Maré ontem, estava lá no Baile da Disney. Oruam cantou lá, top. Fui bem recebida, não gastei um real. Bebi que só o c*, saí 10h. Tirei foto com geral, com cordão, sem cordão. Botaram cordão em mim, tiraram. E poucas. Eu sou isso, eu vim da favela e vou continuar indo. Sabe por quê? Tem pessoas lá que nunca vão poder me ver se eu não for”.