O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prepara uma rodada de conversas individuais com os candidatos à sucessão da Câmara dos Deputados.
A primeira reunião deve ser o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), ainda nesta semana. Na sequência, o petista quer se reunir com os líderes do PSD, Antônio Brito (PSD), e do Republicanos, Hugo Motta (PB).
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Lula tem atuado para evitar um racha na base aliada que crie o risco de ser eleito um presidente da Casa Legislativa com mágoas em relação ao Palácio do Planalto.
Com apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), Lula trabalha pelo lançamento de uma candidatura única no bloco de centro.
O favorito ainda é Hugo Motta. Mas Elmar e Britto não desistiram e buscam apoio do PL, de Jair Bolsonaro.
Os dois têm sinalizado com pautas da direita, como o projeto de lei da anistia. O movimento pode rachar o partido, que já tinha indicado apoio a Motta.
Lula também tem contado com integrantes de sua equipe ministerial para tentar chegar a um denominador comum.
O presidente tem lembrado de eleições passadas que, por um racha na base aliada, geraram traumas no Palácio do Planalto: Severino Cavalcanti, em 2005, Arlindo Chinaglia, em 2007, e Eduardo Cunha, em 2015.
Lira, que pretendia anunciar seu candidato à sucessão em agosto, decidiu adiar a escolha devido à indecisão na base aliada.