Sem a prova técnica, a confissão do réu por si só não é suficiente para condená-lo.
A Polícia Científica de Alagoas está atuando em três frentes no caso do feminicídio ocorrido no último final de semana na praia de Guaxuma, em Maceió. Exames realizados pelos Instituto de Criminalística de Maceió e pelo Instituto Médico Legal Estácio de Lima serão fundamentais para a comprovação do crime.
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Um jovem de 19 anos se apresentou e confessou o crime na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa da Capital. Mas, em casos como esse, apenas a confissão do réu não serve como base para a condenação. Por isso, as polícias Civil e Científica estão trabalhando para constituir e analisar o maior conjunto de provas dentro do processo criminal a fim de obter uma conclusão mais próxima possível da real sequência dos fatos.
O último exame realizado foi a coleta de material genético para exame de DNA do suposto autor do crime. A perita criminal Nathalia Lins explicou que foi acionada pela DHPP, e após assinatura do termo de consentimento do jovem, foram coletadas amostras da mucosa oral para exames no Laboratório de Genética da Polícia Cientifica.
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No dia do achado cadavérico, o perito criminal José Claudio esteve na cena do crime e durante o exame de perícia para identificar a dinâmica do crime. Entre os vestígios encontrados foi descoberto um rastro de sangue do autor do crime. Ele se feriu nas mãos com um dos instrumentos usados para matar a vítima.
“Além do espargimento no primeiro andar da casa, onde aconteceu a execução, encontrei um rastro de gotejamento de sangue desse ambiente descendo pela escala, indo até o mato na área externa do imóvel. Coletei amostras desse material, que serão também encaminhados para exames de laboratório para confrontar como DNA do suspeito, confirmando ele na cena do crime”, explicou o perito criminal.