Ex-coach segue para o IML para realizar exame de corpo delito
Após ser agredido com uma cadeirada, o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) recebeu alta na manhã desta segunda do hospital Sírio Libanês, onde estava internado desde a noite de domingo. Pouco antes de sair do hospital, o empresário fez uma live nas redes sociais, onde voltou a se colocar como uma vítima do “sistema”, fazer promessas de campanha e falar no “poder da mente” para alcançar a prefeitura. Em coletiva de imprensa, Marçal disse que vai ao Instituto Médico Legal fazer um exame de corpo delito e que pretende pedir a cassação da candidatura do apresentador José Luiz Datena (PSDB).
Segundo boletim médico divulgado pelo hospital o empresário deu entrada na instituição após “traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações associadas. Foi avaliado pelas equipes de clínica médica e de ortopedia e está de alta hospitalar”.
Marçal chegou ao local após levar uma cadeirada do jornalista durante debate realizado pela TV Cultura. De acordo com a assessoria, Marçal teve um pequena fissura no sexto arco costal e lesionou o punho e o dedão.
— Aos brasileiros que comemoraram que eu mereci, realmente, o povo tem merecido esses governantes que ele tem. Fico imaginando se um homem como Luiz Datena tem coragem de fazer isso com um cara do meu nível, imagina o que faz com a mulher. A culpa é sempre de quem é agredido aqui no País — segundo Marçal, Datena quem “plantou” a agressão.
O apresentador atacou o candidato após Marçal acusá-lo de estupro durante o debate. Marçal destacou em diversos momentos que o ato foi uma “tentativa de homicídio” mas reafirmou que pretende seguir com a campanha.
— Está todo mundo contra mim, até quem eu dei a mão — reclamou o ex-coach ao falar de Marina Helena (Novo), que na noite de ontem demonstrou insatisfação com como o empresário se dirigia a ela.
Datena
O apresentador José Luiz Datena (PSDB), que reiterou a manutenção da sua candidatura, divulgou nota nesta manhã. No texto, o apresentador disse não defender o uso da violência para resolução de conflitos, mas que a regra tornou-se difícil obedecer “quando os limites de civilidade são rompidos e corrompidos por um oponente”, escreveu.
“Eu sou um cara de verdade e, com um gesto extremo, porém humano, expressei minha real indignação por ter, de forma reiterada, sido agredido verbal e moralmente por um adversário que, como todos têm podido constatar, afronta a todos com desrespeito e ultraje, ao arrepio da ética e da civilidade”, diz nota. “Errei, mas de forma alguma me arrependo. Preferia, sinceramente, que o episódio não tivesse ocorrido. Mas, fossem as mesmas circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto”, continuou.