Brasil

Mulher esquece cartela com ovos dentro do carro e encontra todos cozidos por causa do calor

Moradora de Palmas fez vídeo sobre o caso e viralizou nas redes. Especialistas explica o motivo do cozimento e alertam que não se deve comer ovos que passaram por calor intenso dessa forma.

Juliana Latorraca encontrou os ovos cozidos após esquecer cartela no carro — Foto: Reprodução

A intensidade do calor de Palmas é sentida diariamente pelos moradores. Mas a gerente de contas Juliana Maciel Latorraca, sem querer, percebeu o quão quente a cidade está ao esquecer uma cartela com 30 ovos dentro do carro e ver que todos estavam cozidos ao pegá-la novamente.

Diante da situação inusitada, ela fez um vídeo e mostrou para quem não é do Tocantins como o calor é forte. O ‘experimento’ feito sem querer viralizou nas redes sociais, contando com quase 280 mil visualizações.

“Eu comprei esse ovo em Gurupi. Na verdade eu fiz várias compras porque eu vou lá para trabalhar e coloquei aqui a cartela. Como eu estava com muita coisa no meu braço, falei daqui a pouco eu desço e pego”, lembrou a gerente, sobre o dia que deixou os ovos no carro.

Depois que postou os ovos ‘cozidos no sol’, ela se surpreendeu com a repercussão. “Atingiu uma marca que eu não esperava, muita gente assistindo, compartilhando muito. E aí o pessoal na rua me procurava e falava ‘você é a menina do ovo'”, brincou Juliana.

A TV Anhanguera fez o mesmo experimento, mas dessa vez intencional. Após deixar ficar por um dia e meio dentro do carro, assim como os ovos de Juliana, a cartela já havia dado início ao processo de cozimento. Um deles, inclusive, não suportou a pressão e acabou quebrando.

A engenheira de alimentos Graziele Paludo ajudou a analisar o resultado dos ovos. “Por que a gente percebe isso? Pela consistência da clara, que ela está mais densa, e também ela perdeu aquela clarificação da clara de ovo, ela está mais opaca”, explicou.

Para a engenheira, também é possível que um ovo cozinhe por completo nessas condições. Mas não está de forma alguma apto para ser ingerido. “Os microrganismos patogênicos, que são aqueles que causam doença no ser humano, eles se desenvolvem em temperaturas que variam entre 5°C e 60°C”, afirmou Graziele.

Para o professor de física Alberto Santoro, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), há um motivo para o cozimento: “Dentro do carro é como se você tivesse feito uma estufa, que lá dentro aquece muito”, disse o especialista.

Diante da surpresa, como o tempo quente deve prevalecer nos próximos dias, fica o alerta no que diz respeito aos alimentos, já que os carros armazenam calor intenso no interior.