Crime foi cometido na cidade de Porto Calvo na frente da filha da vítima
A Justiça alagoana determinou a medida socioeducativa de internação de adolescente de 17 anos pelo crime análogo a tentativa de homicídio de Juan Marcos Alves Pereira, mediante promessa de recompensa. O crime foi cometido em frente a filha da vítima de 7 anos, em Março deste ano.
A internação determinada pela juíza Lívia Maria Mattos Melo Lima, da 1ª Vara de Porto de Calvo,não tem prazo definido, porém deve ser revisada a cada seis meses e pode durar no máximo três anos. A juíza reconheceu a prática de ato infracional análogo a tentativa de homicídio qualificado com recursos que impediram a defesa da vítima.
Durante audiência de apresentação, o representado confessou a prática do ato infracional com riqueza de detalhes, relatando que efetuou dois disparos e que no terceiro a arma não funcionou.
“Ressalto a frialidade do representado, o qual, mesmo ciente da presença da filha da vítima, deu continuidade à prática do ato infracional”, enfatizou a magistrada.
A filha da vítima afirmou que, no dia dos fatos, dois homens se aproximaram de seu pai e pediram para ele deitar no chão. Ela declarou que foi muito ruim ver a situação do seu pai caído no chão.
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Segundo a denúncia do Ministério Público, o adolescente foi flagrado no dia 06 de março de 2024, no Centro de Porto Calvo, juntamente com um indivíduo maior de idade. “Na ocasião, mandaram a vítima ajoelhar e deitar no chão em frente à sua residência, onde foram executados dois disparos de arma de fogo”, afirmou.
A juíza destacou que trata-se de ato infracional com nítida violência contra pessoa, o que indica a necessidade de acompanhamento regular “para que, ao voltar ao convívio social, este não pratique novos atos infracionais, bem como para que tenha consciência de que suas ações têm consequências e ensejam responsabilidades”, finalizou.
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Lembre o caso
Juan Marcos Alves Ferreira, de 34 anos, foi alvejado a tiros na noite do dia 6 de Março, em Porto Calvo, na frente da filha, quando saía de casa para buscar a mulher. Inicialmente, o crime parecia uma tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte) contudo, a Polícia Militar apreendeu um dos suspeitos, um adolescente, que confirmou ter sido contratado por R$ 1 mil para matar Juan Marcos, devido a uma dívida no valor de R$ 4.600,00, que ele tinha com um barbeiro, que considerava seu amigo.
Juan Marcos, que é natural de Minas Gerais, trabalhava como programador e estava na cidade há oito meses quando o atentado aconteceu, sofreu ferimentos no tórax e lesões vasculares na região cervical. Os suspeitos fugiram com o carro da família, que foi localizado na manhã seguinte, próximo a uma igreja no assentamento quilombola Mangazala, na zona rural do município.
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O crime foi registrado por um sistema de monitoramento. Na ocasião, a vítima estava com a filha de apenas sete anos de idade quando foi abordada por uma dupla, um menor e o acusado, sendo obrigada a deitar no chão e alvejada com disparos de arma de fogo. Os criminosos fugiram em seu veículo.
Matéria referente ao processo nº 0700313-93.2024.8.02.0050