Lourival Correa Netto Fadiga no momento da prisão, e Anic de Almeida Peixoto Herdy na saída do shopping em Petrópolis
A advogada Flávia Froés, responsável pela defesa do técnico de informática Lourival Correa Netto Fatica, principal suspeito do desaparecimento da também advogada e estudante de Psicologia Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, disse nesta terça-feira, que seu cliente escreveu uma carta revelando ter assassinado Anic no quarto de um motel, em Itaipava, no município de Petrópolis, na Região Serrana.
O crime aconteceu no dia 29 de fevereiro, pouco depois dela ter sido vista com vida pela última, ao sair a pé de um shopping, em Petrópolis. Fática está preso à disposição da Justiça, desde o mês de abril.
Segundo a advogada, seu cliente contou que Anic morreu após ter a traqueia quebrada por um soco. O corpo da vítima foi enrolado em um lençol e colocado num carro, e em seguida retirado do motel. A defesa do técnico de informática, informou ainda que o cadáver foi enterrado e concretado. O local será revelado nesta quarta-feira, durante o depoimento de Lourival. A previsão é a de que ele seja ouvido por videoconferência pela Justiça de Petrópolis.
A versão apresentada pela defesa de Lourival, no entanto, ainda depende de uma confirmação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Flávia Froés disse já ter comunicado ao juízo de Petrópolis o local onde ocorreu a morte da vítima e ainda em que ponto o corpo foi sepultado e concretado. Segundo a advogada, a revelação foi uma colaboração espontânea com a Justiça “para serem feitas as devidas perícias de constatação”.
Apesar de buscas terem sido feitas por policiais da 105ªDP (Petrópolis), o corpo de Anic nunca foi localizado. O relatório da investigação do caso, feito pela Polícia Civil, revela a proximidade entre o suspeito e a vítima, e um suposto caso extraconjugal entre os dois. Ele também conclui que Anic teria entrado em um carro dirigido por Lourival, após ter sido vista pela última vez caminhando pelo Centro do município de Petrópolis. A família da vítima pagou a quantia de R$ 4,6 milhões, exigida por uma pessoa que fez contato por mensagens de texto com o telefone de Benjamim Cordeiro Herdy, de 78.
Anic, no entanto, nunca foi localizada.