Política

Polícia Federal prende 4 pessoas com quase R$ 100 mil para suposta compra de votos no Amapá

Candidato à reeleição para prefeitura de Oiapoque, Breno de Lima Almeida (PP) é um dos investigados.

A Polícia Federal no Amapá prendeu em Oiapoque, neste sábado (8), quatro pessoas ligadas à prefeitura da cidade com R$ 99.850,00 mil que seriam usados em suposta compra de votos no Norte do Estado.

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Dinheiro apreendido seria usado para compra de votos, segundo a polícia.

O prefeito de Oiapoque e candidato à reeleição Breno Lima foi levado à delegacia para prestar esclarecimentos, mas a Polícia Federal não confirma que ele é um dos quatro presos na operação deste sábado.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o candidato sendo conduzido pela Polícia Federal. Até 19h, Breno Lima permanecia prestando depoimento na delegacia de Oiapoque, segundo a defesa dele.

Segundo a PF, os presos foram flagrados com o valor em espécie, caracterizando suposta compra de votos nas eleições municipais.

Todos foram encaminhados para a delegacia de Oiapoque para a formalização da prisão em flagrante.

O prefeito foi liberado da delegacia por volta das 22h50. A advogada de defesa, Rafaela Borges, disse que a origem do recurso seria comprovada.

“Ocorreu uma abordagem pela Polícia Federal no estabelecimento comercial que é do prefeito. O nosso cliente tem a tranquilidade de que ele está sendo assistido e de que não aconteceu nenhuma irregularidade que mereça a atenção e o complô midiático que foi arquitetado, mas nós vamos discutir sobre os fatos dentro do processo. E comprovar a origem do recurso que estava lá com ele. E na certeza de que a Polícia Federal tem a discricionariedade de fazer o seu trabalho e nós temos a tranquilidade também de que o pleito está correndo dentro da normalidade e nós esperamos o mesmo rigor para os outros dois candidatos que são delegados e que estão concorrendo no pleito de Oiapoque”, disse.

A advogada disse ainda que o valor encontrado estava comprovado e alega que não há irregularidades para os fins em que o dinheiro seria utilizado.

“Estava dentro do estabelecimento comercial e ele é empresário, a cidade inteira sabe disso. Então a gente tem a tranquilidade de que não houve nenhuma irregularidade, nada que mereça a declaração. Dentro do processo a gente vai discutir agora o que é certo, o que não é, e eventuais ações que sejam além do limite da autoridade policial, vão ser discutidas também no processo”, completou a advogada.

A Polícia Federal segue com a investigação.