A mulher resgatada após ligar para a Polícia Militar e pedir uma “pizza” disse aos militares que ficou três dias em cárcere privado. O caso foi na madrugada de domingo (29) na região de Samambaia.
Aos policiais que atenderam à ocorrência, ela disse ainda que era vítima de estupro e tortura. A Polícia Militar do Distrito Federal divulgou o áudio do pedido de ajuda:
O militar que atendeu a ligação entendeu que se tratava de um pedido de socorro e mandou uma equipe até o endereço. Ao chegar ao local, a mulher saiu da casa correndo.
“Não estava sendo permitido ela sair de casa, ter contato com ninguém. Informou que ele estava com uma faca e que ela estava sendo ameaçada constantemente”, diz o sargento Fábio Cabral, que atendeu a ocorrência.
O suspeito de cometer o crime tem 60 anos, e foi autuado pela Lei Maria da Penha. Segundo a vítima, ela tinha um relacionamento com o homem há cinco meses. A mulher passou por exames no IML.
A Secretaria de Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) tem canais de atendimento que funcionam 24h. As denúncias e registros de ocorrências podem ser feitos pelos seguintes meios:
O DF tem duas delegacias especializadas no atendimento à mulher (Deam), na Asa Sul e em Ceilândia, mas os casos podem ser denunciados em qualquer delegacia.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) também recebe denúncias e acompanha os inquéritos policiais, auxiliando no pedido de medida protetiva na Justiça.
👉 Em casos de flagrante, qualquer pessoa pode pedir o socorro da polícia, seja testemunha ou vítima.
No Distrito Federal, ainda existe o Programa Violeta, que é focado no atendimento de crianças e mulheres vítimas de violência sexual e estupro. O acolhimento é feito por uma equipe multiprofissional, composta por assistente social, ginecologista, psiquiatra, psicólogos, técnica em enfermagem e técnicas administrativa.
O serviço é prestado no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
A Secretaria de Justiça e Cidadania também tem canais de denúncia de casos de violência contra a mulher. Há, por exemplo, o Centro Integrado 18 de Maio, que trata de ocorrências de exploração sexual de crianças.
O Conselho Tutelar também recebe denúncias de violação de direitos de crianças e adolescentes. Ainda há o Disque 100, que trata da violação de direitos humanos.