Maioria dos casos envolve suspeita de caixa 2, quando o dinheiro abastece candidaturas sem passar por registros oficiais. Rio de Janeiro é o estado com mais investigações abertas.
A Polícia Federal (PF) abriu mais de 600 inquéritos desde o início da campanha, em 16 de agosto, para apurar supostos crimes eleitorais. É o equivalente a uma média de 13 novas frentes de apuração por dia.
A maioria envolve casos de possível caixa 2, ou seja, quando dinheiro é movimentado na campanha dos candidatos sem ser declarado à Justiça Eleitoral.
São 147 casos em andamento que analisam se dinheiro que corre por fora está abastecendo campanhas e sendo usado por candidatos.
Casos
Ao longo da campanha, a PF apreendeu milhões de reais pelo país que podem ter relação com essa contabilidade paralela.
Em Maceió, por exemplo, foram encontrados R$ 500 mil dentro de uma mochila de um homem que havia acabado de sacar a quantia em uma agência bancária. Há suspeita de que os recursos seriam usados para compra de votos.
Em outra ação em Alagoas, policiais federais abordaram um carro que estaria transportando dinheiro em espécie para campanha de um candidato a prefeito. Na abordagem, a polícia encontrou um saco com R$ 300 mil dentro do veículo.
A PF também investiga:
105 casos de compra de votos
83 inscrição fraudulenta de eleitor
75 apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral
68 difamação eleitoral
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A maior parte dos inquéritos, 126 casos, foi aberta no Rio de Janeiro, sendo que 57 tratam de apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral. O Rio é seguido por Paraná (76), São Paulo (64), Ceará (42), Distrito Federal (25) e Goiás (23).
Os dados constam no painel da PF sobre casos eleitorais em apuração.