A perita criminal de constatação usou reagente químico para identificar manchas de sangue no local, o que irá contribuir com as investigações do caso
Aconteceu nessa quinta-feira (03), a perícia de constatação em uma residência no povoado Cangandu, na zona rural de Arapiraca, Agreste de Alagoas, onde, no último dia 24 de Setembro, uma discussão entre amigos, durante uma bebedeira, resultou na morte de um homem.
A solicitação do exame foi feita a pedido do delegado Everton Gonçalves, da Delegacia de Homicídios de Arapiraca, para corroborar com as investigações que apuram a briga entre Natanael Gomes da Silva, de 58 anos, e seu algoz, que não teve a identidade divulgada.
A perita criminal Daniele Araújo, do Instituto de Criminalística de Arapiraca, encontrou, com o uso do reagente químico luminol, a presença de sangue na sala do imóvel. A identificação desse tipo de material biológico irá contribuir com as investigações do caso.
“Constatamos que havia manchas que reagiram positivamente ao luminol, as quais foram positivas para teste rápido preliminar para sangue humano. Essas amostras encontradas após a aplicação do reagente foram coletadas e encaminhadas para exame definitivo para sangue e para identificação de perfil genético no Laboratório Forense da Polícia Científica alagoana” explicou a perita criminal.
Perícia realizada na cena do crime
O luminol é um reagente quimioluminescente utilizado para detectar sangue em cenas de crime contra a vida, armas ou roupas. Essa técnica pericial é muito utilizada pelas Polícias Científicas em investigações de assassinato, pois é capaz de revelar manchas mesmo que o local tenha sido lavado ou limpo, como ocorreu nesse caso.
O CRIME
No dia 24 de Setembro de 2024, um homem foi preso em flagrante pelo crime de tentativa de homicídio, após esfaquear um amigo, na residência da vítima, localizada no Sítio Cangandu, zona rural de Arapiraca.
Após o crime, o acusado disse a vizinhos que tinha acertado a vítima com um golpe de faca de serra abaixo do queixo após uma discussão por razão não especificada e que seguiria para a sua casa, no Sítio Araçá, onde foi localizado por militares do 3º BPM e preso em flagrante.
Aos policiais o acusado alegou ter jogado a arma do crime no meio do percurso e esta não foi localizada.
Já a vítima foi encontrada sentada no sofá, quase em choque, após a perda de grande quantidade de sangue. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e socorreu o homem até o Hospital de Emergência do Agreste, na mesma cidade, onde ele morreu na noite do mesmo dia.