Política

Anderson Torres e Silvinei Vasques prestam novos depoimentos sobre blitze nas eleições de 2022

Governo Federal

Anderson Torres e Silvinei Vasques prestam novos depoimentos sobre blitze nas eleições de 2022

A Polícia Federal (PF) marcou novos depoimentos do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques sobre as blitze das eleições em 2022.

Vasques já foi ouvido por videoconferência nesta segunda-feira (7). Já Anderson Torres teve o novo depoimento marcado para a próxima semana.

Ambos foram indiciados pela PF por atuar para dificultar o trânsito de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições de 2022.

De acordo com fontes ligadas à investigação, Silvinei Vasques negou intensificação das blitze para atrapalhar o processo eleitoral. Integrantes da PF, no entanto, afirmam que as explicações “não são conviventes”.

No caso do ex-diretor da PRF, os investigadores avaliam que o indiciamento será mantido.

Outros quatro indiciados que são integrantes da Polícia Federal também serão ouvidos nesta semana. São eles: Alfredo de Souza Lima Coelho Carrijo, Fernando de Sousa Oliveira e Marília Ferreira de Alencar.

Eles estavam cedidos ao Ministério da Justiça na época das eleições de 2022, durante a gestão de Torres.

Um quarto indiciado, o policial federal Leo Garrido de Salles Meira já prestou depoimento na semana passada.

INIDICIAMENTO

Em agosto deste ano, a PF indiciou Torres, Silvinei e os quatro policiais federais com base no artigo 359-P do Código Penal, que penaliza quem restringir, impedir ou dificultar, com emprego de violência física, o exercício de direitos políticos a qualquer pessoa em razão da procedência nacional.

Na época, a PF também pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais prazo para continuidade das investigações, interrogatórios dos indiciados e, por fim, apresentar o relatório conclusivo.

A defesa de Silvinei Vasques, no entanto, alega que a acusação de bloqueio de estradas por preferência política não existe no Código Penal e, por essa razão, a conduta não é passível de punição.

O argumento é de que, mesmo se o fato imputado a Silvinei tivesse existido, deveria ser classificado como prevaricação – delito que geralmente não resulta em prisão.

A CNN tenta contato com os advogados de Anderson Torres. Mas ainda não teve retorno.