Meta do governo é repatriar cerca de 3 mil dos 21 mil brasileiros que vivem atualmente no Líbano. Segundo estimativa da FAB, é possível repatriar em média 500 pessoas por semana.
Pousou na na manhã desta quinta-feira (10), na base aérea da Força Aérea Brasileira (FAB) em Guarulhos, na Grande São Paulo, o terceiro voo destinado à operação de repatriação de brasileiros que estavam no Líbano.
O avião trouxe nessa terceira leva 217 pessoas a bordo e 5 pets. A aeronave decolou às 13h15 (horário de Brasília) de Beirute (Líbano) com destino a Guarulhos (SP) e chegou no Brasil por volta das 8h20.
O avião que trouxe o grupo foi uma aeronave KC-30, com capacidade para 230 pessoas, que fez escala em Lisboa, capital portuguesa. Inicialmente, o grupo era composto de 218 pessoas.
Mas um passageiro que embarcou no Líbano precisou ficar em Lisboa. O homem de 41 anos teve uma suspeita de trombose identificada pelos médicos da FAB.
Segundo a corporação, o passageiro que ficou recebe assistência médica e o consulado brasileiro em Lisboa está acompanhando o caso.
O voo faz parte da Operação “Raízes do Cedro”, do governo federal, que tem o intuíto de justamente repatriar os brasileiros que estão na área de conflito entre Israel e o grupo Hezbollah.
A meta do governo é repatriar cerca de 3 mil dos 21 mil brasileiros que vivem atualmente no Líbano, incluindo estrangeiros parentes de primeiro grau, como pai, mãe, filhos e cônjuges. Segundo o governo, a meta é garantir que em todos os voos todos os assentos estejam ocupados.
De acordo com estimativa da FAB, é possível repatriar em média 500 pessoas por semana, dependendo da situação no Líbano — isto é, a previsão pode mudar caso os bombardeios se intensifiquem ou diminuam.
Nos dois primeiros voos, foram transportadas cerca de 450 pessoas do Líbano para o Brasil.
Desse total, cerca de 80 eram estrangeiros parentes de brasileiros ou estrangeiros que viajaram de FAB a pedido dos respectivos governos – por meio de acordo de cooperação internacional.
A maioria desses estrangeiros é formada por libaneses, mas também havia argentinos, uruguaios e venezuelanos, por exemplo.
Serviço consular
Após o terceiro voo decolar do Líbano, o Ministério das Relações Exteriores divulgou um comunicado no qual informou que a embaixada brasileira em Beirute mantém contato com os cidadãos e seus familiares para organizar os próximos voos.
Quando o conflito entre Israel e o grupo extremista Hezbollah se intensificou, a embaixada enviou aos brasileiros em Beirute um formulário on-line para que informassem sobre a necessidade de eventual ajuda, fosse por meio de repatriação ou orientação sobre serviços públicos locais.
“O governo brasileiro reitera o alerta para que todos sigam as orientações de segurança das autoridades locais e, para os que disponham de recursos para tal, que curem deixar o território libanês por meios próprios. O aeroporto de Beirute continua em operação”, informou o Itamaraty na nota.