Francisco Cuoco e o filho Diogo Cuoco foram condenados a pagar uma dívida trabalhista que chega a R$ 600 mil (fora juros) a um ex-funcionário da Rio Eat Alimentos LTDA, da qual eram sócios, A sentença foi favorável a Luis Queiroga Cirne de Castro e não cabe mais recurso, pois já foi julgado em última instância pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho).
No processo, ao qual o EXTRA teve acesso, Cuoco e o filho tentaram reverter a decisão, pois seriam “sócios retirantes”, ou seja, já não constavam do quadro de diretores da firma de alimentação. O recurso, então, foi negado pelo TST, obrigando pai e filho a honrarem a dívida sob pena de penhora de bens, já que a empresa não possui recursos para quitar o saldo devedor. Além do ator de 90 anos e seu filho, Fernando Brito Abrunhosa, outro sócio, também deve arcar com o montante aferido.
Segundo Queiroga, a empresa pagava a ele um valor na carteira e outro por fora, como num caixa 2. Ele entrou na firma em setembro de 2005, mas só teve a carteira assinada em abril de 2006, quando recebia, entre o por dentro e por fora, R$ 1,9 mil. Ele foi demitido em 2011, ganhando quase R$ 9 mil.
O ex-funcionário conseguiu provar que não recebia horas extras, total de depósitos de FGTS, além de atraso nos salários, décimo-terceiro proporcional e férias, que, de acordo com Queiroga, nunca foram tiradas nos cinco anos em que trabalhou para o veterano ator.
A decisão de 2022 calculava a dívida em R$ 497 mil e ordenava o pagamento imediato com prazo de no máximo de 15 dias antes de uma execução judicial, o que nunca aconteceu pelos recursos impetrados pelos sócios e que foram negados no tribunal.
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Acusações de lavagem de dinheiro contra filho de ator
Em 2019, Diogo Rodrigues Cuoco foi um 17 investigados em apuração sobre propina no Banco Brasília que se tornaram réus após a Operação Circus Maximus, que apurava irregularidades em fundos de investimento. Acusações foram sobre crimes contra o sistema financeiro, corrupção, lavagem de dinheiro e gestão temerária.
O filho de Francisco Cuoco chegou a se apresentar à polícia federal em janeiro de 2019, um di após a denúncia do MP, preso e liberado quase um mês depois. Ele ainda responde o processo em liberdade com os outros acusados.
No relatório da operação dizia que foram feitos pagamentos indevidos para liberar, via BRB, recursos do Instituto de Gestão Previdenciária de Tocantins (Igeprev-TO), do Regime de Previdência Social do município de Santos, do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPERGS) e de fundos próprios do BRB, entre outros.
A participação de Diogo seria a de emitir notas frias que eram autorizadas por Paulo Figueiredo Filho, neto do ex-presidente João Figueiredo. Na decisão do juiz federal Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, de prender o neto de Figueiredo, ele afirmou que “embora não se envolvesse nas negociações, cabia-lhe autorizar os pagamentos da propina”.
O nome de Diogo aparece na denúncia operando da seguinte forma: “Para o pagamento desse valor, Diogo Cuoco, por meio da Globomix, gerou uma nota falsa de R$ 225.135,75. Outra forma de geração de dinheiro foi a simulação de contrato de prestação de serviço por Adriana Cuoco.”, referindo-se à cunhada de Diogo, casada com o irmão Rodrigo.