Nenhum grande paulista tem tantos títulos protestados por dívidas nos cartórios do Estado de São Paulo como o Corinthians.
Segundo a Central de Protesto do Estado de São Paulo, por meio de seu site, o clube tem 30 protestos em todo o Estado.
Um já foi pago (no valor de R$ 151,27), mas o Corinthians ainda não solicitou o cancelamento no cartório, que exige o pagamento de uma taxa de R$ 58,85.
O time do Parque São Jorge é disparado o grande paulista com mais títulos protestados em cartórios paulistas.
Palmeiras e São Paulo têm hoje apenas dois protestos ativos. O Santos, afundado em dívidas como o Corinthians, nenhum.
Títulos protestados em cartórios têm valores muito variados, mas quase sempre são de pequenos ou médios fornecedores (pelo site da Central de Protestos não é possível identificar os credores). O Corinthians tem alguns acima de R$ 100 mil, mas também um de apenas R$ 88.
No total, os 29 protestos ativos corintianos somam R$ 446 mil.
Mesmo com apenas dois casos, os protestos do São Paulo somam mais dinheiro: R$ 635 mil. Mas o valor quase total, de R$ 634 mil, é de uma dívida de impostos.
O Palmeiras tem hoje R$ 372 mil protestados.
O Corinthians vive uma polêmica recente por atrasar pagamentos milionários de contratações para esta temporada, como faz com o Cuiabá pela compra do volante Raniele.
“A situação do Corinthians é ridícula, né? O Corinthians está dando um golpe no futebol brasileiro com o que eles fizeram”, disparou o presidente do clube do Mato Groso, Cristiano Dresch.
Foi rebatido por Fred Luz, CEO corintiano.
“Não é que o clube seja caloteiro, aí vou pedir licença para o Cristiano e dizer que ele exagerou e muito. No momento adequado essas respostas serão dadas. O que tem é um descasamento entre a capacidade de pagamento do Corinthians e o vencimento dessas dívidas do clube no curto prazo. Nós vamos precisar da compreensão, inclusive do Cristiano. Sei que foi tentado isso, mas não se chegou a um bom termo, mas acredito que se chegará. Porque é inviável o Corinthians pagar da forma que essa dívida está comprometida. O Corinthians precisa, sim, da boa vontade dos credores, mas está muito longe de ser golpe, é uma renegociação”, disse o dirigente.