A cantora, que esteve no Sábia Ignorância, contou da sua relação com as finanças e como lida com as críticas relacionadas a profissão
Durante o bate-papo no Sábia Ignorância, do GNT, nesta segunda-feira (21) Juliette falou sobre as críticas que recebe por ter escolhido seguir a carreira de cantora e contou que o carro foi a única coisa que comprou com o dinheiro conquistado após a participação no BBB 21.
Gabriela Prioli questionou se Juliette sente dificuldade de desfrutar das conquistas. Ela revelou que sim e explicou: “Eu tinha um problema muito sério com o dinheiro. Porque a minha mãe, ela sempre falou: ‘Minha filha, isso é muito caro. Minha filha, você sabe o sacrifício disso?’ E eu trabalhei desde cedo, então eu sabia o sacrifício de tudo”.
A maquiadora explicou que não era consumista antes da fama por saber o quanto era difícil conseguir cada centavo e hoje manteve o hábito. “Eu não comprava. Então eu tinha problema com consumo muito grande. Até hoje, eu acho que eu não comprei nada pra mim. Eu comprei tipo um, sei lá, um carro. Eu tenho um pouco de problema com isso. Principalmente com dinheiro, com outras coisas nem tanto. Mas o dinheiro representa um lugar delicado pra mim”.
Em outro momento, Prioli comentou que se incomoda quando vê as pessoas questionando a escolha de Juliette pela música. A campeã do BBB 21 aproveitou para opinar sobre o tema e dizer como recebe as críticas.
“Esse questionamento, eu entendo ele de várias formas. Primeiro, porque as pessoas não eram acostumadas a me ver naquele lugar, então causa um estranhamento. ‘Ai, agora quer cantar’ e até uma repulsa”, comentou.
A artista acredita que as pessoas que criticam não estão abertas a verem ela ocupando outros espaços. “E também uma vontade de não me ver fazer algo diferente, algo distante da minha realidade. Eu já passei isso e, em diversos setores da minha vida, é como se eu não pudesse estar ali, porque ali não é o meu lugar”, comentou.
A cantora explicou que enxerga um paradoxo, pois quando esteve no programa recebia apoio ao soltar a voz e interpretar diversos clássicos da música.
“É contraditório, porque quando eu estava dentro do reality e cantava, coisas maravilhosas aconteciam. Além das pessoas falarem o quanto a minha interpretação era visceral, era poética, era bonita. Eu trazia vários clássicos da música, vários nomes da música brasileira e as pessoas exaltavam isso”, explicou.
Ela, então, concluiu: “Até aí tudo bem, aquilo me cabia. Ser cantora é algo que não me cabe, é distante, é irônico isso, é contraditório isso”.