Política

Brasil rejeita inclusão da Venezuela no Brics em reunião do bloco em Kazan

Alexander Nemenov/Reuters

Brasil rejeita inclusão da Venezuela no Brics em reunião do bloco em Kazan

O Brasil decidiu não apoiar a inclusão da Venezuela como país parceiro do Brics, que se prepara para sua 16ª reunião em Kazan, na Rússia. A lista de doze nações convidadas não inclui Caracas, mas conta com países como Cuba, Bolívia, Indonésia, Malásia, Uzbequistão, Cazaquistão, Tailândia, Nigéria, Turquia e Belarus.

A exclusão da Venezuela é considerada difícil de ser revertida, uma vez que houve um consenso nas reuniões preparatórias. O governo brasileiro não reconhece a administração de Nicolás Maduro, especialmente após as eleições que foram amplamente criticadas como fraudulentas.

Durante a reunião, um dos tópicos em pauta será a reforma do Conselho de Segurança da ONU, com Brasil, Índia e África do Sul se posicionando como candidatos a uma maior participação.

A China, que tem liderado a expansão do Brics, agora demonstra uma postura mais cautelosa em relação ao crescimento do grupo, especialmente com a Turquia buscando papel mais significativo, buscando se tornar membro permanente.

A situação no Oriente Médio será um dos principais assuntos discutidos, com críticas direcionadas a Israel. A questão da Ucrânia também será abordada, mas de maneira mais protocolar.

Apesar da ausência do presidente Lula, que será representado pelo chanceler Mauro Vieira, o Brasil avalia que os resultados da reunião podem ser considerados moderadamente positivos.

O Brasil assumirá a presidência do Brics em 2025, o que representa uma oportunidade para o país influenciar as diretrizes do grupo.