Trabalhadores do ambulatório 24 horas Noélia Lessa, localizado no bairro da Levada, em Maceió, realizaram um protesto na manhã desta quarta-feira, 30, após anúncio de que a unidade será fechada para reforma. Segundo eles, o anúncio pegou a todos de surpresa e deixou sem saber o que fazer 198 funcionários, dos quais 80% não são concursados.
Protesto pelo fechamento da unidade de Saúde Noélia Lessa
De acordo com o que foi repassado a eles, o funcionamento deve ser mantido apenas até esta quinta-feira (31) e os funcionários concursados serão remanejados para outros locais, ainda não informados. Já os terceirizados ainda não sabem o que vai acontecer com eles.
A intenção é que o ambulatório seja transformado em clínica da família, projeto previsto desde 2023, pelo Governo de Alagoas. As obras devem durar 12 meses.
A manifestação ocorre em frente a unidade de saúde, na rua Coronel Cahet, onde foi ateado fogo a pneus e outros materiais. No início da tarde, por volta de 12h, quando parecia que o movimento iria se dispersar, os manifestantes voltaram a bloquear a via, impedindo a passagem e veículos e causando engarrafamento na região.
A principal queixa do grupo foi a forma como a decisão foi comunicada – alguns souberam por redes sociais ou pacientes – e o pouco tempo para que houvesse um planejamento. Outro clamor é que este seria um dos poucos locais onde há possibilidade de estágios para estudantes da área de saúde.
Além destes pontos, os funcionários dizem que haveria sim a possibilidade de fazer reforma sem que houvesse o fechamento do ambulatório, o que teria ocorrido outras vezes, e que isto vai representar uma superlotação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
A Polícia Militar está no local e acompanha o andamento da mobilização.
O Alagoas24Horas pediu posicionamento à assessoria da Secretaria de Saúde (Sesau/AL) e aguarda resposta.
No Benedito Bentes
O ambulatório Denilma Bulhões, localizado no Benedito Bentes, parte alto de Maceió, também passará por reformas com o objetivo de melhorar os serviços prestados à população e terá as atividades suspensas a partir do dia 31 de outubro, para realização de reformas com duração estimada de 12 meses.
Durante esse período, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) orienta que os pacientes procurem atendimento em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da rede referenciada.