O julgamento dos cinco réus acusados de matar de forma brutal o auditor fiscal João de Assis foi retomado na manhã desta sexta, 1º, com os debates entre acusação e defesa. Ontem, 34 testemunhas e os réus prestaram depoimentos e o primeiro dia de julgamento foi encerrado por volta das 23h.
Os trabalhos foram retomados nesta sexta com o a argumentação da promotora Adilza de Freitas e do assistente de acusação, Bruno Vasconcelos Barros. A acusação destacou a participação efetiva de todos os envolvidos, desqualificando a tese da defesa, de que apenas alguns réus teriam cometido o crime contra o auditor.
Durante os debates, a acusação ainda exibiu as imagens do corpo da vítima, das lesões que lhe foram causadas, descartando a tese de que foi usada uma faca para lanches. Ainda de acordo com a acusação, João de Assis foi torturado, teve os dedos cortados, a perna quebrada, asfixiado, além de ser apedrejado. Os suspeitos ainda queimaram o corpo da vítima.
As imagens brutais chocaram quem acompanha o julgamento e causou comoção entre os familiares da vítima. Os filhos e viúvam se abraçaram e evitaram ver as imagens.
“Vocês hoje têm a obrigação de separar o joio do trigo, de não deixar esse crime impune. E termino clamando hoje ao Conselho de Sentença, como clamou o senhor João de Assis: me ajude meu Deus”, concluiu o assistente. A próxima etapa prevê a argumentação da defesa dos réus.