Justiça

Após dois dias de júri conselho de sentença se reúne para definir penas de réus de homicídio de auditor

Era quase 18h desta sexta-feira, 1º, quando o conselho de sentença se reuniu para definir as penas dos cinco réus confessos de matar de forma brutal o auditor fiscal João de Assis. O julgamento começou ainda na manhã dessa quinta-feira (31) e interrompido às 23h de hoje, sendo retomado na manhã desta sexta, 1º.

Ascom TJ/AL

Júri dos assassinos de João de Assis

No primeiro dia, 34 testemunhas e os réus prestaram depoimentos. No dia de hoje, ocorreram os debates entre acusação e defesa, além da exibição de imagens da cena do crime, o que impactou a família de João de Assis, bem como a todos que acompanham o júri conduzido pelo juiz Geraldo Amorim.

O Ministério Público, representado pela promotora Adilza de Freitas, com auxílio do assistente de acusação Bruno Vasconcelos Barros, tentou provar que o crime contou com a participação dos quatro homens, os irmãos Ronaldo Gomes de Araújo, Ricardo Gomes de Araújo da Silva, e João Marcos Gomes de Araújo, além de Vinicius Ricardo de Araújo Silva, todos acusados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Já Maria Selma Gomes Meira, mãe de Ronaldo, Ricardo e João, está sendo julgada pelo crime de ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor.

MPAL

Assistente de acusação Bruno Vasconcelos Barros

Já a defesa está tentando provar que apenas o réu Ronaldo Gomes de Araújo cometeu o crime. Uma das razões é o fato de que Ricardo Gomes de Araújo da Silva já responde por um homicídio no estado do Rio Grande do Sul, o que pode agravar sua pena.

“Precisamos punir os executores e seus cúmplices. Porque está mais do que provada a participação, os quatro mataram, uns concorreram para o crime. […] Vocês hoje têm a obrigação de separar o joio do trigo, de não deixar esse crime impune. E termino clamando hoje ao Conselho de Sentença, como clamou o senhor João de Assis: me ajude meu Deus”.”, disse o assistente de acusação em sua fala.

Vaconcelos Barros ainda fez questão de enfatizar que, ao contrário do que os réus afirmam, “que a vítima recebeu uma facada com uma faquinha que usavam costumeiramente para lanches, a imagem da cabeça totalmente aberta como vocês estão vendo, prova ser impossível tal versão”.

Já o advogado de Vinicius Ricardo de Araújo Silva tenta fazer com que seu cliente seja condenado apenas por ocultação de cadáver, cuja pena é de 1 a 2 anos. Como está preso há dois, sairia do tribunal em liberdade. Já por homicídio, a pena é de 12 a 30 anos. “Sim, todos participaram, mas que deem a pena correta conforme a participação”, disse o defensor.

A sentença deve ser divulgada ainda na noite de hoje.

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