Após dois dias de intenso julgamento e análise de provas, o Conselho de Sentença da 9ª Vara Criminal de Alagoas condenou os réus Ronaldo Gomes de Araújo, Ricardo Gomes de Araújo e Vinicius Ricardo de Araújo Silva a mais de 123 anos de reclusão pelo homicídio do auditor-fiscal João de Assis Pinto Neto, ocorrido em agosto de 2022. O crime, considerado bárbaro e repleto de requintes de crueldade, incluiu mutilação, asfixia, e a queima do corpo da vítima na Usina Cachoeira do Meirim, em Maceió. Outros dois réus, Maria Selma Gomes Meira e João Marcos Gomes de Araújo, mãe e irmão de Ronaldo e Ricardo, respectivamente, foram absolvidos.
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As sentenças somadas dos três condenados ultrapassaram 123 anos, com penas que deverão ser cumpridas em regime inicialmente fechado. O juiz Geraldo Amorim, que presidiu o júri, acolheu as qualificadoras de meio cruel, motivo torpe e uso de recurso que impediu a defesa da vítima, assim como os crimes conexos de fraude processual, corrupção de menor e ocultação de cadáver. O réu Vinicius Ricardo detalhou, em depoimento, os papéis dos irmãos como executores do assassinato, o que foi decisivo para a condenação.
Durante as mais de 40 horas de julgamento, a promotora de Justiça Adilza de Freitas e o assistente de acusação Bruno Vasconcelos Barros apresentaram provas contundentes, incluindo imagens do corpo da vítima, que impactaram a plateia e provocaram forte emoção na viúva e nos filhos de João de Assis, que não suportaram assistir às cenas exibidas. A acusação reforçou o caráter cruel e premeditado do crime, contrastando com as tentativas da defesa de desacreditar a vítima e enfraquecer os depoimentos e vídeos que apontavam a participação dos réus.
O veredito trouxe certo alívio aos familiares e colegas da vítima, que acompanharam o julgamento e afirmaram que a sentença reflete a justiça esperada pela sociedade. A condenação reforça a mensagem de que a crueldade e a violência brutal não serão toleradas, e que a verdade e o bem prevaleceram ao final desse doloroso processo judicial.
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