Menina desapareceu na madrugada desta quinta-feira (7), ao ser levada por correnteza enquanto dormia, segundo o Corpo de Bombeiros. Corporação está fazendo buscas pela vítima.
Uma criança desapareceu após ser arrastada por uma enxurrada em General Carneiro, no sul do Paraná.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, ela tem 2 anos de idade. Inicialmente a corporação havia dito que a criança tinha 3 anos.
O caso aconteceu na madrugada desta quinta-feira (7) e, desde então, equipes do Corpo de Bombeiros estão fazendo buscas pela vítima na cidade, que ficou com pontos de alagamento devido a fortes chuvas registradas desde quarta-feira (6).
A corporação conta que o caso aconteceu por volta da 1h30, enquanto a menina estava dormindo, e que foi acionada por volta das 2h pelo Posto da Brigada Comunitária de General Carneiro.
“Dentre as ocorrências que entraram, houve uma relacionada a uma criança de 2 anos, que havia sido levada pela água quando a água atravessou uma casa de madeira. Esta situação mantém a equipe empenhada na busca de pessoa, pelas margens do pequeno rio que atravessa a cidade”, explicam os bombeiros.
As buscas estão sendo realizadas por cerca de 60 profissionais nos rios Torino e Jangada, com o auxílio de barcos e o apoio de equipes de União da Vitória e Irati.
O “ponto zero” é o Centro de Tradições Gaúchas (CTG), vizinho da casa da família da criança desaparecida.
Além da criança desaparecida, outras ocorrências foram registradas, como retirada de pessoas de locais inseguros, complementam os bombeiros.
Chuva forte em General Carneiro
De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), entre a manhã de quarta-feira (6) e às 9h40 desta quinta (7), General Carneiro registrou o maior volume de chuvas do estado: 160,8 mm de precipitação acumulada.
Os outros destaques foram em São Miguel do Iguaçu (110 mm), Lapa (106,2 mm), União da Vitória (76,8 mm) e Fernandes Pinheiro (67,2 mm).
“Neste momento, o tempo está voltando a ficar instável na fronteira com o Paraguai e Argentina com registro de chuva e raios, mas também há chuva com trovoadas no sul da região Noroeste e entre os Campos Gerais e o sul da Região Metropolitana de Curitiba”, explica o meteorologista Reinaldo Olmar Kneib.
Estragos na cidade
De acordo com o Corpo de Bombeiros, na manhã desta quinta (7) o rio permanece com forte correnteza e com pequeno espaço para navegação em General Carneiro. A corporação também conta que diversas edificações da cidade foram danificadas devido à força da água.
Informações preliminares divulgadas pelo Governo do Estado apontam que cerca de 1.725 pessoas foram afetadas pelas chuvas, sendo 1.450 delas em situação de vulnerabilidade social, que tiveram as suas casas inundadas pelas fortes enxurradas.
“Aproximadamente 200 pessoas precisaram sair de suas casas devido à situação mais crítica e foram para imóveis de parentes e amigos, dos quais a maioria já retornou na manhã desta quinta-feira para limpeza de suas residências após a redução no nível de água”, explica o Governo.
O Governo ainda ressalta que membros do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) do Corpo de Bombeiros estão a caminho da cidade e novos reforços, inclusive da Força-Tarefa de Resposta a Desastres, podem ser deslocados a qualquer momento.
O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) informou que a PR-170, próxima a General Carneiro, também foi atingida por escorregamento de material devido às fortes chuvas.
“Equipes do DER/PR estão atuando na limpeza da pista e remoção de barreira e a previsão é de que os serviços sejam concluídos até o final desta tarde. O tráfego está liberado no trecho, com restrição parcial somente onde são realizados os trabalhos”, ressalta o Governo do Estado.
General Carneiro sofreu alagamentos — Foto: Defesa Civil/AEN
Funcionários da prefeitura de General Carneiro e membros das defesas civil estadual e municipal estão reunidos para avaliar os estragos causados e identificar quais equipamentos e materiais serão necessários para a recuperação.
A captação de água foi temporariamente comprometida devido à queda de energia em uma das estações da Sanepar, que já foi religada pela Copel. Até que a situação seja totalmente normalizada, a Sanepar enviou um caminhão-pipa para o abastecimento dos moradores, especialmente daqueles que residem em áreas mais altas da cidade, onde a água demora mais para retornar.