Um grupo separatista da região, o Exército de Libertação Balúchi (BLA), assumiu a responsabilidade pelo ataque. Há dezenas de feridos.
Ao menos 25 pessoas morreram num ataque a uma estação de trem, em Quetta, no sudeste do Paquistão, na manhã deste sábado (9). Dezenas de pessoas ficaram feridas. Câmeras de segurança flagraram o momento da explosão.
Policiais à paisana examinam escombros após explosão de bomba em estação de trem em Quetta, no Paquistão, 9 de novembro de 2024
A polícia local investiga o caso e disse que o ataque foi causado por um homem-bomba que pertence a um grupo separatista. As informações são da agência Reuters.
“O alvo eram militares da Escola de Infantaria”, disse Mouzzam Jah Ansari, inspetor-geral da polícia do Baluchistão.” Segundo o superintendente sênior de operações policiais, Muhammad Baloch, “a explosão ocorreu dentro da estação ferroviária quando o expresso com destino a Peshawar estava prestes a partir para seu destino”.
Um repórter da AFP viu poças de sangue na estação, onde uma cobertura de metal colocada para proteger os passageiros das chuvas foi completamente arrancada pela explosão. Mohamed Umer, um dos feridos, contou que estava se preparando para pegar um trem de volta para sua aldeia quando foi atingido pela explosão. “Assim que chegamos, houve a explosão e eu me vi ferido e hospitalizado”, declarou à AFP.
Grupo separatista assumiu autoria
Um grupo separatista da região, o Exército de Libertação Balúchi (BLA), assumiu a responsabilidade pelo atentado. O BLA busca a independência do Baluchistão, uma província de 15 milhões de habitantes e uma das mais pobres do país. Ela faz fronteira com o Afeganistão no norte e o Irã no oeste, e é palco de conflitos com outros grupos insurgentes formados por minorias étnicas.
O BLA acusa o governo paquistanês de explorar injustamente os ricos recursos de gás e minerais da província.O BLA realiza regularmente ataques mortais contra forças policiais e paquistaneses.
No final de agosto, assumiu a autoria de ataques coordenados envolvendo dezenas de agressores que deixaram pelo menos 39 mortos, um dos piores casos na região.
O primeiro-ministro Shehbaz Sharif disse que os autores do ataque deste sábado “pagarão um preço alto”.