Polícia

Polícia Científica confirma que corpo carbonizado é de líder comunitário

Amostras biológicas da vítima e de familiares, coletadas no IML de Maceió, foram fundamentais para a identificação oficial

Polícia Científica

Polícia Científica

A Polícia Científica confirmou, nesta sexta-feira (22), a conclusão do exame de DNA realizado no corpo carbonizado encontrado em um veículo em Marechal Deodoro. O cadáver foi identificado como sendo do empresário e líder comunitário Thiago Francisco Thomaz de Aquino, de 38 anos.

O perito criminal Clisney Omena, do Laboratório de Genética Forense da Polícia Científica, responsável pelo exame, explicou que a unidade recebeu, na última segunda-feira (18), amostras ósseas dos restos mortais para análise. Além disso, foram coletadas três amostras de referência de familiares para confronto genético: uma de um suposto irmão, outra de uma suposta irmã e de uma suposta filha.

O perito detalhou que, no mesmo dia, a equipe iniciou a triagem e extração do DNA das amostras ósseas. No dia seguinte, foi realizada a quantificação do material genético, e, na quinta-feira, as etapas de amplificação e eletroforese foram concluídas.

“Os perfis genéticos obtidos das amostras dos supostos irmãos foram parciais, impossibilitando o confronto. No entanto, conseguimos obter o perfil genético completo da suposta filha, que, ao ser comparado com o material dos restos mortais, confirmou a relação familiar”, explicou Clisney Omena, validando a identificação da vítima.

O corpo de Thiago Francisco foi encontrado dentro de um veículo modelo C3 Aircross, no dia 15 de novembro, em um canavial em Marechal Deodoro. O empresário havia desaparecido na manhã do dia 14, quando foi visto pela última vez deixando um condomínio no bairro Antares, na parte alta de Maceió.

A Polícia Científica iniciou os trabalhos no mesmo dia em que o veículo e o cadáver foram localizados, com a perícia do Instituto de Criminalística de Maceió. Os restos mortais foram, então, encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) Estácio de Lima.

O perito médico legista Luiz Mansur, responsável pela necropsia, informou que, devido à degradação avançada do corpo, a identificação por necropapiloscopia ou arcada dentária não foi possível. Por isso, ele solicitou a realização do exame de DNA, com a coleta de amostras biológicas do corpo e de familiares, que foram enviadas ao moderno laboratório da Polícia Científica para análise.

A chefe do Laboratório de Genética Forense, perita criminal Bárbara Fonseca, informou que o laudo pericial foi encaminhado ao IML Estácio de Lima nesta sexta-feira (22). Com o laudo, a família de Thiago Francisco poderá autorizar o sepultamento dos restos mortais.