Morreu, nesta sexta-feira (29), a mãe de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. A informação foi confirmada ao g1 pelo advogado de Torres, Eumar Novacki.
Ainda em novembro deste ano, o ministro do STF Alexandre de Moraes flexibilizou as medidas restritivas aplicadas ao ex-ministro da Justiça para que o político pudesse acompanhar o tratamento médico da mãe.
Torres foi preso por suposta omissão durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Ele foi solto por ordem de Moraes em maio de 2023, mas o ministro definiu uma série de medidas restritivas – entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica e a obrigação de permanecer em casa à noite e aos fins de semana.
Torres também foi uma das 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal no inquérito sobre a tentativa de golpe após as eleições de 2022.
Quem é Anderson Torres?
Anderson Torres é um jurista e político brasileiro, nascido em 6 de março de 1976, em Brasília. Ele é formado em Direito pela Universidade de Brasília (UnB) e possui especialização em Direito Constitucional. Confira os cargos ocupados:
- Delegado da Polícia Federal: Torres foi delegado da Polícia Federal de 2001 a 2019.
- Secretário de Justiça e Cidadania do Distrito Federal: Em 2019, assumiu essa função no governo de Ibaneis Rocha.
- Ministro da Justiça e Segurança Pública: De abril de 2020 a março de 2022, foi ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro.
- Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal: Em 2023, retornou ao governo do Distrito Federal.
Investigação de trama golpista
Torres está entre as 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal no inquérito sobre a tentativa de golpe. O relatório, que teve o sigilo retirado nesta terça-feira (26), indicia o ex-secretário e ex- ministro da Justiça de Jair Bolsonaro por:
- Disseminar notícias falsas sobre as urnas eletrônicas
- Elaborar documentos que induzissem ao Golpe de Estado e a abolição do Estado democrático de Direito
Segundo o documento, em uma reunião entre o então presidente Jair Bolsonaro (PL) e ministros, Anderson Torres, à época ministro da Justiça, pediu empenho em questionamentos à lisura da votação e disse que o cenário era “ameaçador”.