Júri do casal começou ainda na terça e durou cerca de 17 horas. Resultado foi divulgado às 3h desta madrugada de quarta-feira.
A mãe e o padrasto de Isabelly de Freitas, de 3 anos, assassinada há nove meses em Indaial, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, foram condenados pelo crime nesta quarta-feira (4). A mulher recebeu pena de 36 anos e 11 meses de reclusão enquando o ele foi condenado a 41 anos e nove meses de prisão.
O júri popular do casal começou ainda na terça (3), durou cerca de 17 horas e o resultado foi divulgado às 3h desta madrugada. Segundo a investigação, a menina “morreu de tanto apanhar”, teve o corpo transportado em uma mala e enterrada em cova rasa.
Conforme o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o padrasto recebeu pena maior pois já cumpria pena em regime aberto. Pesou contra os dois também as agravantes de a menina ser menor de 14 anos e ter grau de parentesco com os réus. Veja as condenações abaixo:
Homicídio com as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e recurso que tornou impossível a defesa da vítima;
comunicação falsa de crime;
Ocultação de cadáver.
A mulher ainda recebeu pena de um mês e cinco dias de detenção, enquanto ele teve pena de mais um mês e 20 dias de detenção por falsa comunicação de crime. Para tentar despistar a polícia, os dois chegaram a informar que a menina havia sido sequestrada.
Crime
O crime aconteceu em 4 de março deste ano, na casa em que a menina e os adultos moravam. O casal teria reagido de forma violenta contra a menina após ela não querer comer e indicar que iria chorar. O padrasto e a mulher agrediram a criança, principalmente na cabeça, o que provocou a morte dela.
Após o crime, os dois colocaram o corpo dela em uma mala e a levaram a uma área de mata fechada na cidade, onde a enterraram. O casal chegou a forjar que ela havia sido sequestrada para despistar a polícia, mas uma câmera flagrou eles dispensando o objeto usada para transportar o corpo.
A mãe e o padrasto, que eram investigados por maus-tratos, foram presos em 6 de março. Além dos condenados e da menina, moravam na casa o irmão da vítima menor de idade e um missionário de igreja.