Polícia

Influenciador digital é preso acusado de organização criminosa e lavagem de dinheiro

Um influenciador digital foi preso durante operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (GAESF) do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL). A ação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa acusada de lavagem de dinheiro envolvendo jogos de azar na internet.

De acordo com as informações, o foco da investigação é o “Fortune Tiger”, mais conhecido como ‘jogo do tigrinho’. O cassino virtual promete, de forma ilusória, ganhos fáceis de quantias elevadas de dinheiro. A investigação do Gaesf aponta que um influenciador digital é o suposto líder da organização criminosa desse esquema milionário em que esbanja uma vida de luxo.

Segundo o MP, o acusado faz questão de ostentar carros, colares de ouro e viagens nas redes sociais, onde tem milhões de seguidores. Na internet, as vítimas são induzidas a comprar produtos e serviços, como jogos de apostas, com promessas de prosperidade quase que imediata.

MPE/AL

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MANDADOS CUMPRIDOS

Ao todo, foram cumpridos oito mandados de prisão e de busca e apreensão, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, contra pessoas físicas e jurídicas, tanto em Maceió quanto na cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo. Dos mandados de prisão, dois foram em Alagoas e, os outros dois, em SP.

Na casa de um dos alvos, o Gaesf apreendeu cerca de R$ 20 mil, telefones celulares, documentos e um veículo de luxo.

Os dados do Coaf

O Ministério Público do Estado de Alagoas obteve acesso aos dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que evidenciaram possível prática ilícita de lavagem de dinheiro entre os investigados. Uma empresa de publicidade, por exemplo, movimentou grandes quantias através de milhares de transferências fragmentadas, possivelmente atuando como intermediária de operações ilegais.

A apuração do Gaesf também aponta para possíveis fraudes bancárias, com movimentações suspeitas relacionadas a empresas envolvidas em golpes virtuais. Há indícios de que o grupo criminoso esteja utilizando contas bancárias para lavar dinheiro proveniente de jogos de azar e outros crimes.

Laranjas e valores que chegam a R$ 21 milhões

O Ministério Público suspeita, ainda, que a Orcrim faz a utilização de “laranjas” para ocultar bens, como no caso de veículos de luxo registrados em nome de terceiros, mas exibidos nas redes sociais como se fossem dos investigados.

Para a execução da operação, o Gaesf requereu o bloqueio de R$ 21.278.337,60 (vinte e um milhões, duzentos e setenta e oito mil, trezentos e trinta e sete reais e sessenta centavos), além de 10 (dez) veículos de luxo.

Para esta operação, o MPAL contou com participação da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz),da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP), por meio das Polícias Civil e Militar, da Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e Polícia Penal, com o apoio da Perícia Oficial de Alagoas.