A Polícia Civil (PC) investiga uma jogadora de beach tennis suspeita de dopar seis atletas durante competições amadoras em Belém. A identidade dela não foi divulgada.
Denúncias apontam que as seis mulheres passaram mal em diferentes jogos, e em locais diferentes. Os casos recorrentes chamaram a atenção dos atletas, que filmaram o momento em que a suspeita coloca substância não identificada dentro de uma garrafa de uma das jogadoras.
De acordo com o delegado Yuri Vilanova, da Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE), um policial foi até o local onde as partidas ocorriam e constatou que a mulher realmente colocou algum tipo de material na água de uma participantes.
Um outro vídeo gravado em uma das competições mostra quando uma das jogadoras passou mal. Segundo os relatos, as vítimas, após tomarem bebida adulterada, ficavam com a vista embaçada.
No local dos torneios, a polícia apreendeu o conteúdo da garrafa e o encaminhou para o Centro de Perícias Renato Chaves, na capital paraense. O resultado da perícia deve sair em até 10 dias e, a partir da conclusão, a polícia pode intimar a suspeita.
Os torneios de beach tennis os quais as mulheres participavam não tinham premiação financeira, o que chamou atenção da polícia, que ainda não sabe a motivação do crime.
“Constatamos que muitas pessoas passaram mal durante a prática desse jogo, nesse mesmo ambiente, possivelmente pela contaminação da sua água ou de outro tipo de bebida”, afirmou o delegado.
Na segunda-feira (9), dez pessoas passaram pela DIOE para prestar depoimento sobre o caso. Entre elas, seis vítimas que foram dopadas, além de quatro testemunhas.
Duas das vítimas foram levadas para o hospital e passam bem. As outras melhoraram rapidamente, de acordo com os relatos feitos à polícia.
A suspeita pode responder por colocar as pessoas em perigo de vida, danos à saúde, lesão corporal, lesão leve ou tentativa de lesão.
Em nota, a Assembleia Paraense, organizadora de uma das competições, disse que o fato ocorrido no dia 7 de dezembro está sendo investigado e “não ocorreu nas dependências do clube”.
“Apesar de não ter havido denúncia formal à Diretoria do Clube, de possíveis vítimas pertencentes ao quadro social, informamos que já abrimos sindicância interna para apurar os fatos, respeitando todos os ritos estatutários”, disse a AP.
Ainda na nota, a direção disse que “notabiliza-se nacionalmente como clube social que sempre estimula a prática do esporte, e em hipótese alguma aceitaremos atitudes que não sejam pautadas na ética e na honestidade”.