Justiça

MPE pede prisão preventiva de acusado de matar esposa com ‘coxinha’ envenenada

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Joyce Cirino

O Ministério Público Estadual informou nesta quinta-feira, 12, que pediu a prisão preventiva de Felipe Silva Cirino, acusado de matar por envenenamento a ex-esposa Joice dos Santos Silva, em outubro deste ano, na cidade de São Brás, interior de Alagoas. 

Segundo as investigações, a vítima passou mal depois de ingerir coxinhas dadas pelo ex-marido Ela foi levadao a um hospital na cidade de Porto Real do Colégio, mas acabou não resistindo e entrando em óbito. O filho do casal, de 15 anos, também comeu o alimento envenenado e precisou de atendimento médico, mas sobreviveu ao atentado.

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Na denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Paulo Roberto de Melo Alves Filho, o MPE requer que sejam feitas diligências para a comprovação da existência ou inexistência de outros processos com trânsito em julgado contra o denunciado, bem como a realização de exame de corpo de delito no menor, filho do casal, para apurar se ainda há vestígios do envenenamento em sua corrente sanguínea.

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O Ministério Público enfatiza que há indícios suficientes para que Felipe Silva Cirino seja julgado e condenado pelas qualificadoras de contra o réu por homicídio qualificado pelo feminicídio, motivo torpe, além de emprego de veneno e dissimulação. Para o Ministério Público não restam dúvidas quanto à prova da materialidade e há indícios suficientes da autoria.

Além de cometer os crimes, Felipe Cirino teria modificado a cena do crime apagando vestígios que pudessem colocá-lo sob suspeita, provando mais uma vez sua frieza, revelando, assim, conforme a denúncia, a necessidade de ter a liberdade privada pela conveniência da instrução criminal.

Há relatos de que essa não seria a primeira tentativa de envenenamento de Felipe Cirino contra a companheira, além de a mesma viver um relacionamento abusivo com agressões físicas e psicológicas.

Entenda o caso

A professora Joyce dos Santos Silva Cirino, de 36 anos, teve a morte constatada pela equipe médica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Porto Real do Colégio, na manhã da quinta-feira, 09 de Outubro, para onde foi levada após passar mal logo depois de ingerir uma coxinha, dada a ela pelo ex-marido, com quem têm mantido uma relação conflituosa devido a não aceitação por parte dele, do término do relacionamento.

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Foi o médico responsável pelo atendimento que apontou a possibilidade de envenenamento e pediu para que a direção da unidade de saúde acionasse a Polícia Civil de Alagoas, que de pronto iniciou as investigações, solicitando também que a Polícia Científica (Polc) fosse enviada à casa da possível vítima, no município de São Brás, para realização de perícia e recolhimento de indícios que poderiam comprovar a presença de substâncias tóxicas no local.

O corpo de Joyce foi recolhido ao Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca, Agreste de Alagoas, para passar por necropsia e exames complementares. Na declaração de óbito divulgada pela unidade hospitalar, a morte da professora está como indeterminada.

Os resultados do exame toxicológico realizado no corpo da vítima foram divulgados no dia 18 de Outubro, e o laudo pericial apontou a presença de duas substâncias tóxicas na amostra biológica analisada.

Já o suspeito de cometer o crime foi ouvido pela polícia no primeiros dias da investigação, mas só teve a prisão confirmada no dia 16 de Outubro durante o inquérito instaurado por feminicídio. O homem de 40 anos foi localizado na residência de uma tia, na cidade de São Brás.

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