Uma letra só, precisamente uma vogal, a artimanha utilizada por um homem para tentar ludibriar agentes da segurança pública foi desmascarada pelas impressões digitais. Uma pesquisa papiloscópica descobriu o nome verdadeiro dele e que era procurado pela justiça.
O caso aconteceu na sexta-feira (13), após uma guarnição da Rotam da Polícia Militar receber uma denúncia de tráfico de drogas no bairro do Bom Parto, em Maceió. Ao abordar o homem em atitude suspeita, os policiais militares solicitaram a identificação dele.
Inicialmente, o homem disse ter perdido os documentos, e depois passou nomes diferentes, até confirmar se chamar Diogo da Conceição. Diante das dúvidas, a guarnição Rotam 90 conduziu o suspeito para a Central de Flagrantes da Policia Civil para confirmar a verdadeira identidade.
Foi aí que o caso deu uma reviravolta, e o que poderia ter terminado na fuga de um foragido da justiça, acabou com ele recolhido para uma das celas da delegacia. Ele foi identificado oficialmente e ainda se descobriu que se tratava de um foragido.
Overlack Moura, do Núcleo de Identificação Criminal da Central, explicou que foi realizada uma pesquisa biométrica no sistema do Instituto de Identificação de Alagoas. Através desse trabalho, foi identificado que o nome correto do homem era, na verdade, Diego da Conceição, e que ele se passava pelo nome de seu irmão, Diogo.
“A confusão ocorreu devido à semelhança nos nomes, que apenas diferem por uma vogal. Com a identidade corrigida, foi confirmado que Diego da Conceição possuía um mandado de prisão em aberto, por condenação transitada em julgado, relacionado a um crime de homicídio”, explicou Overlack Moura.
O mandado havia sido expedido após a sentença definitiva pela na 16ª Vara Criminal da Capital. O foragido passou por audiência de custódia e foi encaminhado para o sistema penitenciário, onde se encontra à disposição da Justiça.
Identificação Criminal
O arquivo criminal, juntamente com o arquivo civil compõem o Sistema automatizado de identificação biométrica (ABIS) do Instituto de Identificação da Polícia Científica.
Todos os dias esses bancos de dados são alimentados com a emissão da Carteira de Identidade e com informações de decisões oriundas do Poder Judiciário.