O ministro dos Transportes, Renan Filho, sobrevoou a região na segunda (23), com os governadores do Maranhão, Carlos Brandão, do PSB, e do Tocantins, Wanderley Barbosa, do Republicanos. Renan Filho anunciou um decreto emergencial para destinar pelo menos R$ 100 milhões para obras de reconstrução da ponte.
Segundo o ministro, uma nova estrutura será entregue em 2025, juntamente com todas as obras necessárias para sua operação. “Além do contrato neste ano esperamos nos primeiros dias de 2025 dar ordem de serviço para todas as obras de engenharia que serão feitas aqui, com o compromisso de entregar esta ponte em 2025. Vamos trabalhar dedicadamente para fazer desta nova ponte um case de resolutividade”, disse.
“Decretamos emergência para abreviar todos os procedimentos administrativos, a fim de termos a resposta mais rápida possível para a reconstrução da Ponte Juscelino Kubitschek. Quero comunicar ao povo do Maranhão, ao povo de Tocantins e ao povo brasileiro que precisa dessa infraestrutura para se deslocar, tanto do ponto de vista econômico quanto do ponto de vista social, que vamos, com a emergência decretada, contratar a reconstrução da ponte ainda no exercício de 2024”, disse Renan Filho.
O ministro também disse que foi aberta “uma sindicância para avaliar as causas e as responsabilidades do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek entre os estados do Maranhão e Tocantins”, afirmando haver estrutura técnica e recursos disponíveis no Ministério dos Transportes para a reconstrução da ponte.
Com relação à estrutura, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que técnicos atuam emergencialmente desde o primeiro momento e já foram enviados ao local para fazer uma avaliação e apontar as possíveis causas do acidente.
Situação da água
A suspeita é que a água do Rio Tocantins esteja contaminada – mais de 70 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de agrotóxicos caíram no rio. Amostras da água foram recolhidas por órgãos ambientais federais para saber se há risco para a população.
Ainda não se sabe se houve vazamento, mas caso o produto ainda esteja nos caminhões, uma empresa especializada deve fazer a remoção. O Ministério Público Federal (MPF) vai apurar os danos ambientais.
Por precaução, o governo do Maranhão pediu para os moradores e prefeituras não pegarem a água do rio pra abastecimento. A Agência Nacional de Águas e Saneamento estima que 18 cidades do Tocantins e Maranhão podem ter sido impactadas.
Um vereador de Aguiarnópolis (TO) filmava rachaduras na ponte no momento em que a estrutura começou a ceder.