No segundo ano de governo, presidente teve mais espaço na agenda para os membros do PT e àqueles que atuam no Palácio do Planalto, enquanto partidos aliados ficaram em segundo plano
O presidente Lula implementou uma significativa redução de 89% nos compromissos oficiais com seus ministros em 2024, em comparação ao ano anterior. Dados públicos foram levantados pelo GLOBO. Essa mudança reflete uma nova abordagem na gestão do governo, onde apenas quatro ministros conseguiram manter a mesma frequência de reuniões. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi uma exceção notável, aumentando suas reuniões de seis para 14, em resposta a crises emergentes em sua pasta.
Além de Marina Silva, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, também registrou um aumento no número de encontros. Entre os assuntos discutidos, um dos mais relevantes foi o indiciamento do ministro pela Polícia Federal, o que gerou uma série de reuniões para tratar do tema. A Secretaria de Comunicação Social do governo explicou que o aumento das reuniões em 2023 foi parte de um esforço para reconstruir políticas públicas que haviam sido prejudicadas. Essa justificativa sugere que, apesar da redução em 2024, o governo ainda busca formas de manter a eficácia na gestão das políticas, mesmo com menos encontros formais.
No que diz respeito à frequência de reuniões, o ministro da Educação, Camilo Santana, se destacou ao manter 15 encontros e receber avaliações positivas. Ministros que estão mais próximos de Lula, como Rui Costa, Fernando Haddad, Alexandre Padilha, Paulo Pimenta, Mauro Vieira, Ricardo Lewandowski, Camilo Santana, Marina Silva, Esther Dweck, José Múcio, Márcio Macêdo, Luiz Marinho, Nísia Trindade e Jorge Messias foram os mais recebidos, tendo entre 8 e 55 registros na agenda oficial. Em contrapartida, aqueles indicados pelo Centrão enfrentaram uma realidade diferente, com alguns registrando apenas um ou três encontros ao longo do ano.