O Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN) divulgou, recentemente, o boletim sísmico referente a 2024, detalhando, de forma abrangente, todos os abalos registrados no Nordeste brasileiro.
De acordo com o levantamento, a terra tremeu 28 vezes em Alagoas no ano passado. Esse número, por sua vez, colocou o estado na terceira posição no ranking de tremores na região.
A Bahia, em contrapartida, com destaque, liderou o ranking ao registrar 130 tremores, o que representa 54% de todos os eventos sísmicos ocorridos no Nordeste.
O Ceará, por outro lado, ficou em segundo lugar, contabilizando 40 tremores. Esse cenário, portanto, reforça a vulnerabilidade de alguns estados nordestinos a abalos sísmicos, embora, na maioria dos casos, apresentem baixa intensidade.
Em Alagoas, o mês que mais concentrou registros de abalos foi junho, com oito ocorrências. Em seguida, veio o mês de maio, que apresentou sete eventos. Ambos os meses, contudo, concentraram tremores de baixa magnitude, o que, ainda assim, despertou atenção para a atividade sísmica local.
Por outro lado, os municípios alagoanos que mais registraram eventos foram Belo Monte, no Baixo São Francisco, e Feira Grande, na Região Agreste, com cinco tremores cada.
Em Belo Monte, é importante mencionar que quatro dos cinco tremores ocorreram em junho, todos com intensidade de 1.8 mR. Já em Feira Grande, dois tremores consecutivos, de magnitude 2.0 mR, foram registrados, especificamente, na madrugada de 5 de maio, praticamente no mesmo horário.
Além disso, outros municípios alagoanos, como Arapiraca, Ibateguara e Colônia Leopoldina, também relataram atividades sísmicas.
Por fim, vale destacar que, entre julho e outubro, não houve registros em Alagoas. Já o último tremor do ano foi registrado em dezembro, na Plataforma Continental, próximo à costa do estado.