Ainda é cedo para abrir a champagne, porém Fernanda Torres pela primeira vez aparece entre as cinco primeiras colocações gerais das prováveis indicadas ao Oscar de melhor atriz, pelo filme “Ainda Estou Aqui”. É o que indica o atual termômetro da premiação, feito a partir dos rankings de veículos especializados de Hollywood.
Embora a chance da brasileira esteja empatada com a da britânica Marianne Jean-Baptiste (“Hard truths”), a média das previsões aproxima Fernanda da indicação ao troféu. Como ambas atrizes não foram indicadas do prêmio do sindicato de atores de Hollywood, é difícil dizer qual delas tem maior vantagem. Mesmo assim, o Globo de Ouro de Fernanda aumentou as expectativas por sua nomeação.
Quanto às chances de ganhar o prêmio, Demi Moore (“A substância“) aparece como a favorita. Após vencer o Globo de Ouro de melhor atriz de comédia ou musical, ela é a nova líder do gráfico geral, deixando Mikey Madison (“Anora”) para trás. A briga promete ser boa.
Veja a seguir o gráfico do g1, que cria uma espécie de média entre os cinco principais rankings que analisam o Oscar 2025 (“Variety”, “The Hollywood Reporter”, Next Best Picture, Gold Derby e Awards).
Pela primeira vez em 20 anos, o Brasil tem chances claras e inequívocas de conseguir ao menos uma indicação ao Oscar, com “Ainda estou aqui”.
A produção dirigida por Walter Salles é presença praticamente garantida entre os melhores filmes internacionais — categoria da qual o país esteve ausente desde “Central do Brasil” (1998), também do cineasta.
Mas há quem diga também que a adaptação do livro de Marcelo Rubens Paiva ainda pode ser lembrada como melhor roteiro adaptado (depois de ganhar o prêmio no Festival de Veneza) e como melhor atriz (ainda mais depois de Fernanda Torres ganhar um Globo de Ouro).
Qualquer tentativa de prever como escolherão os membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas americana é puro achismo. O que não significa que não se pode tentar.