Paraibano André Alves do Nascimento, de 35 anos, não fazia contato com a família desde novembro de 2024. Ele está preso suspeito de tráfico de drogas.
A mãe do paraibano que era considerado desaparecido e foi encontrado preso por tráfico de drogas recebeu a notícia com um misto de sentimentos. Comemorando o fato de que André Alves do Nascimento está vivo, mas lamentando a situação em que ele se envolveu. André foi localizado pela Interpol em Paris, França. A informação foi confirmada pela Polícia Federal da Paraíba nesta segunda-feira (13).
André iniciou um mochilão pela Europa no início de novembro de 2024. Segundo a família, era o sonho de André realizar uma viagem desse tipo. Dias depois ela parou de fazer contato, e a família procurou a PF, que acionou a Interpol.
“Dois meses de tortura, de tristeza, de espera. E a gente quando tem a notícia… Pelo menos achou ele vivo. Não achou ele morto”, disse Maria de Lourdes Alves, em entrevista à TV Paraíba.
André está em prisão preventiva no centro penitenciário de Fleury-Mérogis, sob acusação de tráfico de drogas. As circunstâncias na qual se deu essa prisão e qual substância foi encontrada com André não foram divulgadas pela Polícia Federal.
Em nota, o Itamaraty disse que está prestando assistência consular ao brasileiro. Além disso, o Ministério da Justiça disse que em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados não se manifestará sobre o caso.
“Eu tinha muito medo de receber um telefonema dizendo que meu filho estava morto, mas pelo menos está vivo. Não foi isso que eu ensinei a ele. Eu ensinei pro meu filho a andar no caminho certo, não se envolver com coisa errada. Se quer alguma coisa, trabalhe, que nem eu trabalho até hoje.” falou Maria de Lourdes.
André Alves do Nascimento, 35 anos, é natural de Campina Grande, Paraíba, e morava há 15 anos em Joinville, Santa Catarina. Segundo sua irmã, Andreia Alves do Nascimento, André se mudou para o sul do país aos 18 anos para estudar moda após ganhar uma bolsa de estudos e chegou a atuar como modelo. Nos últimos anos, trabalhava em lojas de roupas na cidade catarinense.
André era descrito por familiares como uma pessoa alegre e trabalhadora. Conforme a irmã, “ele sempre foi alguém focado no trabalho e muito próximo da família”.
No dia 8 de novembro, após um amigo também relatar a falta de comunicação com André, a família iniciou uma mobilização para encontrá-lo.
Eles registraram um boletim de ocorrência na Polícia Civil e acionaram o Ministério das Relações Exteriores, que intermediou buscas em hospitais, prisões e IMLs na França.
André permanecerá em prisão preventiva até 6 de março de 2025, enquanto as autoridades francesas investigam o caso. A família espera novas informações sobre as circunstâncias da prisão e possíveis medidas para seu retorno ao Brasil.