Pelo menos sete pessoas foram presas na manhã desta quarta-feira, 29, durante a Operação Stuntman, que visa desasticular uma organização criminosa especializada em furtos, roubos e adulteração de veículos automotores.
Dos sete presos, seis foram localizados em Maceió e um em Recife (PE). Ao todo, 10 mandados de prisão e 10 mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.
Entre os presos, destaca-se um indivíduo que já havia sido detido há pelo menos um mês pela Polícia Civil com um veículo adulterado, mas estava respondendo em liberdade. Ele foi novamente preso, desta vez pelo crime de organização criminosa.
De acordo com informações do delegado Igor Diego, da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), a organização criminosa possuía diferentes núcleos.
Alguns membros eram responsáveis por furtar ou roubar motocicletas e carros. Na sequência, esses veículos eram, então, repassados a outro grupo que realizava a adulteração dos mesmos, utilizando chassi e documentos de outros automóveis para clonar os veículos.
Com isso, os criminosos conseguiam comercializar veículos adulterados tanto dentro de Alagoas quanto para outros estados, principalmente por meio de vendas diretas ou através da internet.
PC/AL
Durante a operação, a polícia apreendeu dois veículos adulterados, além de diversos materiais usados para falsificação e adulteração dos veículos, como ferramentas e documentos.
A operação também resultou na apreensão de celulares, que serão analisados para identificar se as pessoas que adquiriram os veículos adulterados sabiam ou não da origem ilícita dos veículos. Ainda conforme o delegado, caso seja constatado que as pessoas tinham conhecimento que os veículos eram roubados deverão responder por receptação dolosa.
Participaram da operação o diretor da Diretoria de Polícia Judiciária 1 (DPJ1), delegado Sidney Tenório, o delegado João Marcello, responsável pela Seção de Capturas da Dracco, além de equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), da Oplit e do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco).
O nome da operação, “Stuntman”, faz referência a dublês de ação, que realizam manobras arriscadas com veículos em filmes e competições. A escolha do termo está relacionada ao modo como os criminosos alteravam as características dos veículos para dificultar sua identificação e circulação sem levantar suspeitas.