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AL: Jovens negros têm risco de morte 8,75 vezes maior do que brancos

AL: Jovens negros têm risco de morte 8,75 vezes maior do que brancos

Real Deodorense

Risco relativo de um jovem negro ser vítima de homicídio em relação a um

Nascer negro no Brasil aumenta 2,5 vezes mais o risco de morte em comparação com aqueles que são considerados como brancos, segundo levantamento do Governo Federal realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Em Minas Gerais, esse número chega a ser um pouco mais baixo do que a média geral, chegando a 2,2. Dos Estados que apresentam maiores índices quanto ao risco de morte dos jovens negros, Alagoas desponta em terceiro lugar. Aqui o risco de morte é 8,75 vezes maior do que o observado para um jovem branco.
Os três estados com o maior valor na escala do IVJ – Violência e Desigualdade Racial são: Alagoas (0,608), seguido da Paraíba (0,517), Pernambuco (0,506) e Ceará (0,502). Esses quatro estados apresentam situações de alta vulnerabilidade juvenil à violência, em quase todos os componentes do estudo.
No ranking dos municípios, Belo Horizonte aparece na 177° posição, de acordo com Índice de Violência Juvenil. O indicador de desigualdade da capital mineira foi de 0,303 em 2014. No topo desta lista, a cidade pernambucana de Cabo de Santo Agostinho é o local onde os maiores índices foram encontrados.
Os números resultam do relatório do Índice de Vulnerabilidade Juvenil 2014, que deve ser apresentado oficialmente nas próximas semanas. No documento preliminar são levantados dados sobre violência e desigualdade racial, risco de morte por homicídio entre outros elementos que afetam o cotidiano dos jovens negros.
A cidade de Conselheiro Lafaiete aparece na segunda posição, entre os dez municípios que expressam melhoras mais significativas, com uma escala de vulnerabilidade baixa e IVJ – Violência (Índice de Violência Juvenil) de 0,289. A cidade mineira é a única representante do Estado. Em primeiro lugar, São Caetano do Sul, em São Paulo, aparece com as melhores taxas, em comparação dos anos de 2007 e 2012.
O estudo foi realizado com base no Datasus de 2012 (banco de dados do Sistema Único de Saúde) e mostra a comparação entre jovens de 12 a 29 anos negros (pretos e pardos) e brancos.