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Caso Samya: juiz concede liberdade provisória a acusado de estupro

O juiz Wilamo de Omena Lopes, que responde pela comarca da Paripueira, concedeu, na tarde desta quinta-feira, 08, a liberdade provisória do professor de Muay Thai, Victor Soares, 34, acusado de supostamente sequestrar e estuprar a enfermeira, Samya Moraes.

Reprodução/TV Pajuçara

Advogado João Neto

O juiz Wilamo de Omena Lopes, que responde pela comarca de São Luiz do Quitunde concedeu, na tarde desta quinta-feira, 08, a liberdade provisória do professor de Muay Thai, Victor Soares, 34, acusado no suposto sequestro e estupro da enfermeira Samya Moraes.

Em entrevista a Rádio Pajuçara FM, o advogado relatou o caminho percorrido até a soltura do acusado. "Ingressamos com uma petição pedindo a liberdade provisória e o magistrado, após analisar as provas anexadas pela defesa, concedeu a soltura. Foram determinantes as mensagens, imagens das câmeras do motel, onde eles chegaram às 17h do dia 05, o apoio da imprensa e principalmente a inocência de Victor. Ele foi uma vítima", disse o advogado do acusado, João Neto.

Questionado sobre as medidas que o professor irá adotar a partir da sua soltura o advogado ponderou: "Vou conversar com ele para saber se quer conceder uma entrevista coletiva para explicar toda a situação e se irá querer também ajuizar uma ação contra a Samya por crime contra a honra", afirmou João Neto.

Sobre o depoimento de Samya ao delegado Rangel Wanderley, o advogado disse que a suposta vítima apenas ratificou o que a família já havia dito a Polícia Civil. "Não foi ela quem mobilizou a máquina pública. Foi a família. Se não tivessem procurado a polícia, ela iria voltar pela manhã para casa normalmente. Como ela tinha um parente policial conseguiu que mobilizassem todo o aparato do Estado. A família dela não pensou nas consequências que isso iria causar e agora eles não querem falar ao perceber o problema que criaram", alegou João Neto.

A prisão

A respeito da atuação do policial federal, primo de Samya, durante a prisão de Victor Soares, o advogado João Neto explicou que o agente da PF agiu de forma correta. "Ele é policial e teve a informação que uma pessoa estava sendo mantida em cárcere privado, com suspeita de estupro. Ele executou a prisão e pediu o apoio da Polícia Militar, que conduziu Victor até a delegacia. O policial agiu corretamente", esclareceu.

Contudo, o advogado classificou a prisão Victor, determinada pelo delegado Rangel Wanderley como precipitada. "Ele deveria ter sido mais cauteloso uma vez que estava colocando um cidadão de bem na prisão. Isso causou um dano irreparável, já que, os crimes de estupro e sequestro são inafiançáveis e hediondos. Com isso, ele teve que ficar na prisão até ter a liberdade concedida pelo juiz", finalizou o advogado.