Adilson Amadeu (PTB) também não informou compra parcial de uma escola na zona norte.
O vereador Adilson Amadeu (PTB), suspeito de envolvimento em esquema de corrupção da CPI dos Alvarás da Câmara Municipal de São Paulo, teria omitido à Justiça Eleitoral neste ano ao menos R$ 6 milhões em imóveis. Nas declarações de bens, o vereador indicou ter oito imóveis que, somados, chegavam ao valor de R$ 275 mil. No entanto, de acordo com reportagem da Folha de S.Paulo publicada nesta segunda-feira (1º), o político possui ao menos outros quatro imóveis.
Entre os omitidos à Justiça Eleitoral, por exemplo, está um prédio com valor venal de referência de R$ 2,8 milhões. No local, opera uma rede de fastfood na região do terminal de Santana, na zona norte de São Paulo. Além disso, o político é dono de uma empresa despachante que também não teve o imóvel — avaliado em R$ 1,9 milhão — declarado.
Somando os bens declarados e os omitidos pelo vereador, o político teria ao menos 13 imóveis em seu nome entre apartamentos, terrenos e casas de praia. Além dos imóveis omitidos, a reportagem verificou que há inconsistência dos valores declarados se comparados aos de referência da prefeitura.
É o que ocorre em relação a um apartamento nos Jardins, bairro nobre da capital paulista, declarado por R$ 115 mil. No entanto, o valor do imóvel seria de ao menos R$ 1,1 milhão. Além disso, o vereador teria omitido também a compra de dois terços de uma escola na Brasilândia, na zona norte. A transação de R$ 560 mil ocorreu em 2012.
Procurado, o vereador informou à reportagem que "o patrimônio não declarado à Justiça faz parte de um acordo de separação com sua ex-mulher".